Título Tachismo
História da Arte georges-mathieu-rosa-antigo Tachismo Tachismo designa uma das tendências do movimento da arte informal, desenvolvido na Europa nos anos cinquenta e sessenta. O termo, derivado da palavra "tache " que em francês significa mancha, foi utilizado pela primeira vez em 1954, pelo crítico de arte francês Charles Étienne, a propósito dos trabalhos abstractos dos pintores Hans Hartung (1904-1989), Jean-Paul Riopelle (1923-) e Pierre Soulages. Ligado directamente ao movimento do Expressionismo Abstracto americano, à Action Painting e à Arte Informal, o Tachismo caracteriza-se pela espontaneidade de execução (de carácter muitas vezes gestual e caligráfico) e pela utilização livre das formas plásticas (como os pontos e as manchas) e dos materiais brutos. O movimento tachista encontrou a sua maior projecção e desenvolvimento em França, onde se destaca a actividade dos pintores Georges Mathieu, de Riopelle e de Soulages. Saliente-se também os trabalhos do belga Henri Michaux (1899-1984), que realizava experiências com drogas para perceber as alterações da percepção, e dos alemães Wolfgang Schulze Wols e Emil Schumacher. fonte : infopédia ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tachismo Outros Nomes Arte Informal Definição Menos que um movimento pictórico com traços facilmente reconhecíveis, o tachismo remete a uma tendência artística que finca raízes na Europa no período após a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. O termo - que vem do francês tache, "mancha" - é criado pelo crítico Michel Tapié no livro Un Art Autre [Uma Arte Outra] para tentar definir o novo estilo de pintura que recusa qualquer tipo de formalização, rompendo com as técnicas e os modelos anteriores. Arte informal (no sentido de sem forma) é outra designação corrente para o tachismo, às vezes também ligado à noção de abstração lírica. A defesa da improvisação, associada ao gesto espontâneo e instintivo, permite entrever as afinidades da nova pintura com o expressionismo abstrato, assim como a inspiração no surrealismo, pela valorização do inconsciente, no dadaísmo, em função da defesa do caráter irracionalista da arte e no expressionismo, que toma a imaginação como expressão direta do espírito do artista. O uso de manchas irregulares de cores remete ainda à pintura de maturidade de Claude Monet. O pintor e poeta Jean-Michel Atlan, um dos expoentes da nova tendência pictórica, define, em 1953, o caráter do projeto tachista: "A pintura para mim não pode ser derivada de uma idéia preconcebida; a parte que cabe ao acaso (aventura) é muito importante e, de fato, é este acaso que cumpre o papel decisivo no processo de criação". A arte informal deve ser compreendida no contexto de crise mundial instaurada também na Europa do pós-guerra. Além disso, acentua-se a descrença em relação à racionalidade ocidental e à civilização tecnológica, celebradas pelas vanguardas do começo do século XX. As filosofias da crise, em especial o existencialismo de Jean-Paul Sartre, dão o tom da época no plano das idéias, reverberando nas artes de modo geral. O reexame crítico dos movimentos artísticos da primeira metade do século XX dirige o foco dos novos artistas para o cubismo, do qual é recuperada a idéia de decomposição. Mas esta, no caso do tachismo, deve ser explosiva - e não analítica como querem Pablo Picasso e Georges Braque -, refletindo-se no rompimento radical da forma. A ênfase na gestualidade coloca-se como uma tentativa de ultrapassagem tanto dos conteúdos realistas quanto dos formalismos geométricos. A convicção do insucesso do realismo socialista - que vê a arte como instrumento da luta operária - e a impossibilidade de a associação entre arte e indústria, defendida pela Bauhaus, democratizar-se estão na matriz das diversas Poéticas do Informal. Em pintores como Hans Hartung e Pierre Jean Louis Soulages, observa-se a recusa da fórmula racionalista pela pintura apoiada no gesto. O conhecimento deriva da ação e esta se apresenta pelo traço decidido do artista que abre e bloqueia espaços na superfície da tela com o auxílio de linhas e borrões, negros e grossos, que deixam entrever o fundo por pequenas frestas e intervalos, por exemplo em T. 1947-25, 1947 de Hartung e em Composição, 1950 de Soulages. Em outros pintores, a ênfase da pesquisa recai preferencialmente sobre a matéria, como nos franceses Jean Fautrier e Jean Dubuffet, e nos trabalhos do italiano Alberto Burri e do catalão Antoni Tàpies. Fautrier se singulariza pelo desenvolvimento de uma técnica própria, que consiste em pintar uma camada de tinta sobre a outra, com a qual ele obtém espessos empastes. Sua série mais famosa, Reféns, 1943 nasce da experiência como refugiado, quando assiste aos fuzilamentos dos prisioneiros de guerra pelos alemães. Em Dubuffet, o trabalho com a matéria conhece pelo menos dois resultados. Um que se liga às Texturologias produzidas em fins dos anos 1950, que se caracterizam, como o próprio título indica, pelas texturas experimentadas com cores e materiais distintos, e apontam na direção da recusa da expressão ou da representação. Outro resultado advém da associação da matéria ao desenho, que originam figurações cômicas como Linterloqué, 1954 - no título, evidencia-se o jogo de palavras designando aquele que está "impedido de dizer", o que, de outro modo, retoma a idéia de incomunicabilidade. Burri explora as potencialidades expressivas de maneira diferente: solda, costura e cola seus sacos, madeiras, papéis queimados, paus, latas e plásticos. Combustões, 1957 e Ferros, 1958 constituem exemplos eloqüentes de seu projeto. A "pintura matérica" de Tàpies, por sua vez, tem forte sentido trágico. Os muros intransponíveis, as janelas e portas fechadas que negam qualquer acesso se relacionam diretamente com a situação política espanhola. Em artistas como Wols, os caminhos da decomposição da forma são outros. O tom dominante nesses trabalhos - menos que o gesto ou a matéria - é o traço, a linha e a cor, que guardam relação com o lirismo de Paul Klee. A criação de signos também ocorre com o pintor e poeta Henri Michaux em O Silo, 1960, assim como em Georges Mathieu, admirador da caligrafia oriental, Cast, 1964. Na Itália é possível lembrar os nomes de Emilio Vedova, Afro, Renato Birolli e Giuseppe Capogrossi. No Japão, a arte informal tem lugar em 1950 com o Gutai Bitjutsu Kyokai [Grupo Gutai] e o pintor Jiro Yoshihara. No Brasil, as obras de Manabu Mabe, Tomie Ohtake e Flavio-Shiró parecem se ligar ao tachismo ou ao abstracionismo lírico, que conhecem adesões variadas entre nós, em Cicero Dias, Antonio Bandeira e Iberê Camargo. Atualizado em 17/12/2008 fonte : Itaú cultural -------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Tachismo é um estilo de pintura abstrata que se desenvolveu na França entre os anos 40 e 50 como um equivalente do Expressionismo abstrato norteamericano. O termo deriva do francês tache, que significa mancha. Abstração informal ou Abstracionismo lírico por vezes são usados como sinônimos. Essa denominação apareceu pela primeira vez em torno de 1951, sendo atribuída sua criação ora a Charles Estienne, ora a Pierre Guéguen, críticos de arte, e seu uso se disseminou depois que o pintor Michel Tapié a adotou em seu livro Un Art autre (1952). O estilo se caracteriza por pinceladas espontâneas e vigorosas, manchas, pingos e escorridos, às vezes criando formas que remetem à caligrafia. Dentre seus praticantes citam-se Pierre Alechinsky, Karel Appel, Georges Mathieu, Henri Michaux, Serge Poliakoff, Michel Tapié e Bram van Velde, além de muitos outros. fonte : wikipédia

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Data 03/04/2010
Fonte cda

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