Descrição suas diferenças com o Barroco
Título Rococó
História da Arte Rococó . Diferenças entre o Rococó e o Barroco O Rococó é um estilo artístico que nasceu na França no ano de 1700, espalhando-se pela Europa no século XVIII. É considerado uma espécie de continuação um pouco modificada da arte barroca. Todavia, diferencia-se do Barroco principalmente pela leveza e delicadeza com que se exprime, oferecendo menos exuberância e vigor. Ao contrário do Barroco, que se prendia fortemente à figura religiosa, a temática do Rococó mostra preferencialmente uma vida de divertimento, que levou uma parte da crítica a classificá-lo de pintura fútil. No caso da França, a vida da corte era objeto comum da arte rococó, tratada de maneira crítica ou não. Uma arte essencialmente decorativa Trata-se de um termo primitivamente associado às artes decorativas e que acabou sendo usado também para designar a arquitetura, a pintura e a escultura do período. Tal como acontecera com o Barroco, o Rococó também ganha características locais nos diferentes lugares em que se manifesta. O Sul da Alemanha e a Áustria foram os locais em que a arte rococó mais se desenvolveu. Embora surgido na França, ele não prosperou nesse país e praticamente deixou de existir após a metade do Século 18. Comum nesse período, foi o surgimento de mestres de determinadas nacionalidades como grandes expoentes do estilo, sem que o mesmo fosse forte em seu país de origem. Individualista, mas fiel ao conjunto Era a arte pessoal, individual, intransferível e independente dos conceitos em vigência numa determinada região. Um bom exemplo desse individualismo é Goya, considerado um dos principais artistas do período, sem que, contudo, a Espanha tivesse realmente assimilado a arte rococó. Outro ponto de contato com o barroco é a ênfase - no caso do rococó, ainda maior - no conjunto. Arquitetura, escultura e pintura deveriam se complementar num todo harmônico. Era comum ainda a colaboração de vários artistas das diferentes especialidades para obtenção de tal efeito. Artistas do Rococó Na arquitetura destaca-se Gabriel-Germain Boffrand (1667-1754) e Johann Balthasar Neumann (1687-1753). NEUMANN (Johann Balthasar), arquiteto e engenheiro alemão (Cheb, Boêmia, 1687 - Würzburg, 1753). Mestre do ilusionismo barroco. Entre suas obras principais estão o palácio de residência de Würzburg e a igreja dos Vierzehnheiligen (14 santos), na Baviera. Gabriel, extremamente popular na Paris do Século 18, construía casas para a aristocracia francesa, preocupando-se sempre com a harmonização entre a construção e a decoração de seu interior ao estilo rococó. Um dos exemplos mais conhecidos de seu trabalho é o Salon de la Princesse no Hôtel de Soubise (1732). Trata-se de uma rica sala de recepção numa casa particular, em que elementos como janelas e espelhos são usados para dar a sensação de amplitude e fragmentar a luz. É fantástica a integração entre as formas arquitetônicas e a decoração e pinturas presentes na moradia. Neumann, Tieppolo Watteau e Hogarth Balthasar Neumann, arquiteto alemão, é conhecido, por sua vez, pela construção de palácios para príncipes, sendo o mais famoso chamado "Residenz", em Würzburg, uma obra de interior rico e grandioso. Na pintura, temos grandes nomes como Giovanni Battista Tiepolo (1696-1770), Jean- Antoine Watteau (1684 - 1721), William Hogarth (1697-1764) e Francisco de Goya y Lucientes (1746-1828). TIEPOLO (Giambattista), pintor e gravador italiano (Veneza, 1696 - Madri, 1770). Sua inventiva é brilhante, e o colorido, claro e alegre. WATTEAU (Antoine), pintor francês (Valenciennes, 1684 - Nogent-sur-Marne, 1721). Preferiu os temas campestres, as cenas bucólicas, as "festas galantes". HOGARTH (William), pintor e gravador inglês (Londres, 1697 - id., 1764). Praticou uma arte moralizante e fixou os costumes da época. Foi também célebre pelos retratos. O veneziano Tiepolo é considerado um dos maiores artistas do Século 18. Foi o autor das pinturas realizadas na construção de Neumann "Residenz", celebrizando-se pelas obras. Trabalhou, além da Itália, na corte espanhola de Charles III. Tiepolo iniciou na pintura vários assistentes, inclusive os próprios filhos. O mais velho deles, Giovanni Domenico Tiepolo, é conhecido, ao lado do pai, por suas estampas. Seu genro Francesco Guardi também é considerado excelente paisagista do período. O pintor flamengo estabelecido em Paris, Antoine Watteau (1684-1721), mestre em cenas campestres, é outro importante pintor do período, tendo recebido influências de Rubens e da Escola Veneziana. Os personagens da Comédia dell'arte e os da Comédia Francesa aparecem freqüentemente em sua obra, com belíssimos resultados. William Hogarth é tido como o fundador da famosa escola inglesa de pintura (até então a Inglaterra não tinha demonstrado realmente grandes nomes nessa expressão artística pela qual notabilizar-se-ia posteriormente). Suas preferências caíam nas pinturas de cunho moralizante tiradas de sátiras, como a extremamente bem humorada série "Marriage à la Mode". Francisco Goya é talvez um dos mais famosos pintores do período, conhecido, entre outras coisas, por seu trabalho de crítica sutil na corte de Charles IV, em Madrid. Seu estilo é considerado o do rococó tardio, bastante influenciado por Tiepolo e Velázquez. O Rococó na escultura Na escultura temos Egid Quirim Asam (1692-1750), exemplificado pela obra "Assunção da Virgem", na Abadia de Rohr, Alemanha, e Claude Michel, ou Clodion, um dos últimos expoentes do rococó francês, com sua obra "A Ninfa e o Sátiro". Merecem destaque, ainda, as esculturas realizadas em larga escala, em especial na Alemanha e na Áustria. Imagem 1: Nicolas Largilliere
Data 08/02/2007
Fonte www.artcyclopedia.com/history/rococo.html

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