Biografia |
Sonia Pimentel Lins (Belo Horizonte, 11 de abril de 1919 - Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 2003), conhecida como Sonia Lins, foi uma artista plástica e escritora brasileira. Sua obra é multimídia e caracterizada pela irreverência. É irmã da pintora e escultora Lygia Clark.
A obra de Sonia Lins é carregada de irreverência, humor e inspirações surrealistas.
Em 1951, ela passa um período em Paris com a irmã Lygia Clark, que havia se mudado para a França para ter aulas de arte. Ela, então, experimenta a pintura e tem quatro obras incluídas em uma mostra de artistas iniciantes pelo professor de Lygia, Isaac Dobrinsky. No fim da década, publica crônicas e poemas no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil [3].
Seu primeiro livro, Baticum, é lançado em 1978 pela editora "Pedra Q Ronca", do poeta Wally Salomão, e recebe elogios de nomes como o também poeta Carlos Drummond de Andrade. Já em 1984, ela publica o Livro da árvore, composto de colagens sobre o tema ambiental.
Em 1990, Sonia cria um Guarda-chuva Morcego [4] - um guarda-chuva na forma do animal -, que viria a ser confeccionado por um especialista em efeitos especiais.
Quatro anos depois, surge o Almanaque Abre-te Sesamo.
A morte de seu filho mais novo, Kiko, leva-a (em 1995) a projetar uma capela, adornada com um vitral o representando. Ela foi construída na sua fazenda em Kentucky, nos Estados Unidos (foi inaugurada em 1998).
Em 1996, ela lança o livro Artes, sobre a relação com a irmã Lygia Clark na infância. No ano seguinte, surge o minilivro Stop/Start, em forma de caixa de fósforo. Já em 1998, começa a série de desenhos Eu, que posteriormente viraria livro.
Uma de suas obras mais emblemáticas, o livro És tudo, é publicado em 1999, em formato de papel higiênico. Do mesmo ano é o minilivro O tempo no tempo. Em seguida, desenhos seus são apresentados na mostra The Shape of Words to Come, em Londres, organizada pelo crítico Guy Brett.
Em 2000, sua primeira exposição, Se é para brincar eu também gosto [5] é inaugurada no Museu Nacional de Belas Artes. Entre muitas outras obras, a mostra apresenta a série de desenhos Eu, o livro-objeto Diálogo e o filme Meu nome é eu. No ano seguinte, realiza o filme Zumbigos, também associado a uma exposição.
Em 2003, antes de sua morte, inaugura a exposição Brasil passado a sujo, composta de instalações sobre a corrupção, a desigualdade e a política. Fazia parte da mostra um filme dirigido e fotografado por Walter Carvalho, a partir de uma ideia de Sonia, Fome.
Seus últimos escritos foram reunidos em o Livro das dessabedorias lançada em conjunto com sua biografia com a mostra Sonia Lins [6]. Em 2014, um [www.sonialins.com.br museu virtual] em sua homenagem, reunindo toda a sua obra, é colocado no ar.
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