Biografia |
Artista visual de vocabulário múltiplo Pedro Marighella tem como principais interesses em sua produção o olhar sobre processos culturais, sociais e históricos (o lugar e o tempo), com destaque para o potencial crítico da diversão. Essa busca é sintetizada através de ilustrações, áudios e textos curtos que revelam aspectos de estranheza intrínsecos a esses temas e o resultado de seus trabalhos é um lugar de trânsito através de analogias obscuras e posicionamento crítico.
Entre suas atuações de destaque estão um projeto comissionado da 3ª Bienal da Bahia, participação nas mostras A Nova Mão Afro-Brasileira (Museu Afro Brasil) e Axé Bahia (Fawler Museum), e os prêmios pela 10ª Bienal do Recôncavo e Nam June Paik Award junto ao coletivo GIA do qual fez parte de 2003 a 2010.
Sobre seu trabalho, a curadora e pesquisadora Matilde Matos, em seu livro "50 anos de Arte na Bahia - 2ª edição ampliada" escreveu: "possuidor de um desenho primoroso, Pedro Marighella constrói, muitas vezes, suas obras representando multidões. O detalhamento e o movimento das figuras representadas, simplesmente com traço azul sobre o fundo branco, que descrevem confusões e brigas, se opõem à leveza do traço que lembra a composição de cores dos azulejos portugueses. Sua pesquisa foi feita em eventos de grandes aglomerações humanas, como o Carnaval e as festas populares da Bahia, quando saía tirando fotografias com uma câmera disfarçada em uma lata de cerveja. Marighella é um artista que consegue, sem se utilizar de estereótipos, um trabalho com inspiração regional sem perder a dimensão universal de sua arte".
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