| Biografia |
Franco, Omar (1956)
Nascimento
1956 - Santa Rita de Caldas MG - 13 de maio
Formação
1980 - Brasília DF - Forma-se em Economia pela Universidade de Brasília - UnB
s.d. - Brasília DF - Licencia-se em artes plásticas
Cronologia
Pintor, escultor, professor
1969 - Brasília DF - Muda-se com a família para a capital federal
1981 - s.l. - Leciona Educação Artística
Atualizado em 14/07/2005
fonte : Itaú Cultural
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A pintura de Omar Franco liga-se a uma raíz artística de menino do interior das Minas Gerais, revelada nesse seu lado introspectivo, silencioso, observador, que armazenou no celeiro do tempo e da alma, formas, cores e luzes, elementos que reverberam em sua obra.
Impressões, fantasias, vontades, emoções guardadas, reminiscências...A natureza, os animais, o homem do campo e o urbano, o Ser Humano - "esse eterno motivo universal" -, também se inserem nesse contexto.
Há uma comunhão entre o inconsciente e o armazenado, e, consequentemente, com o seu próprio eu. O próprio artista já escreveu: "não há como o sujeito se afastar do objeto estudado, fazemos parte da espécie e aquilo que vemos, por mais distante que nos pareça, somos nós mesmos, quer queiramos ou não".
Ao buscar sua dignidade no campo da arte, sua verdade necessária, seu trabalho coerente e continuado, observamos nele, novamente, o traço perfeito e liberto, o esmero e o domínio na expressão cromática, numa obra plena de cores e de matizes. A acurácia no equilíbrio das formas e das composições. Usa agora uma expressão pictórica, técnica plástica densa, mais ao mesmo tempo descontraída na reunião de pontos e luzes.
É eterno o martírio da artista ao buscar atingir sempre um fim, pardoxal e pretensamente inatingível. É o grande mistério do inesgotável. E nesta série, o artista faz de sua obra, mais uma vez,o grande ponto de mutação. Da indagação à concentração, do inconsciente ao ato, e do ato à Arte. O humano e o divino se cooptam na procura do infinito e da liberdade, sem a qual não é possível criar. É a abstração filosófica da alma no cosmos. E, portanto, mais profundo é seu trabalho. O oculto da alma transcende os limites e se revela em cada aspecto.
A sua pintura está consagrada pelo público e pela crítica. O mineiro simples, amigo - solitário em seu ateliê no Planalto Central, local de meditação e trabalho -, se recicla e se transforma. E abrindo aquele celeiro, esparramando reminiscências, emoções, fantasias...libera e oficia sua arte em vôos mais livres. Extrapor fornteiras? Que sabe...Mas agora com sua obra, admirável,singular e de grande mérito.
Elza Alabarce
arquiteta/artista plástica
Professora da Universidade de Brasília
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