Artista Nelson Pimenta Soares Filho - Nelson Soares - Ogrivo - 0 grivo
Biografia Soares Filho, Nelson Pimenta (1967)
Nelson Soares

( -- / -- / 1967) - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil


Atividades Artísticas
Artista plástico

Participação em Eventos

Coletiva

1997 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte (25. : 1997 : Belo Horizonte, MG) - sem local de realização definido.

fonte : Itaú Cultural


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Nelson Soares (Belo Horizonte, MG, 1967) e Marcos Moreira (Belo Horizonte, MG, 1967). Vivem e trabalham em Belo Horizonte.

OGrivo é formado por Nelson Soares e Marcos Moreira, ambos com formação musical. O trabalho de O Grivo abrange concertos, instalações e performances, utilizando equipamentos eletrônicos de áudio e vídeo, captação dos sons do mundo e contrução de máquinas sonoras. Além das performances ao vivo, O Grivo compõe trilhas para cinema, vídeo, dança e instalações próprias ou em colaboração com artistas como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Alejandro Ahmmed, Adriana Banana e Rodrigo Pederneiras.


Principais Trabalhos (concertos, instalações)

2009
Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
Instalação sonora, Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil
Shusssssh - Em colaboração com Valeska Soares, 9 Sharjah Bieenial - Sharjah, Emirados Árabes Unidos

2008
28a Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, Brasil
It´s Rainning Out There - Em colaboração com Rivane Neuenschwander, South London Gallery, Londres, Inglaterra

2007
Hidalgo Cautivará tus Sentidos, Sesc Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

2006
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais interpreta OGrivo, Belo Horizonte, Brasil
Com Os Pés Um Pouco Fora do Chão, Festival Música Fora de Foco FEA, Belo Horizonte, Brasil

2005
Année du Brésil en France, Música Precária, Paris, França

2005
Quem Vem Lá Sou Eu - Em colaboração com Rivane Neuenschwander, Martin Klosterfeld Gallery, Berlim, Alemanha

2004
Hype, Sesc Pompéia, São Paulo, Brasil

2000
Propriocepção, Teatro Helena Sá, Porto, Portugal


Cd's e DVD's

2005
O Grivo

2003
Música para Dança
Música Precária

2002
Com os Pés um Pouco Fora do Chão

2001
Retrocesso


Principais Prêmios

25º Salão de Arte de Belo Horizonte, Prêmio Especial do Júri, Brasil
4º Prêmio Cultural Sérgio Motta, São Paulo, Brasil
Formations, Sound Art Work, dLux Media Arts, Sidney, Australia




Entrevista
José Augusto Ribeiro - 2008


José Augusto Ribeiro: O trabalho que vocês apresentam na 28ª Bienal de São Paulo reúne, em seus diferentes segmentos, características pontuais da obra em curso d'O Grivo. Refiro-me aos interesses e procedimentos que estão subjacentes às produções específicas na trajetória da dupla e que nem sempre, ou não necessariamente, aparecem relacionados e interdependentes em trabalhos anteriores: por exemplo, a criação de instrumentos e aparelhos sonoros feitos a partir de materiais marcados pelo desuso em sua função original, com um funcionamento que se vale, ao mesmo tempo, de sistemas elétricos e mecânicos; a exploração das propriedades físicas do som, tanto na produção quanto em sua reprodução do som; o aspecto doméstico resultante da construção de maquinetas quase autômatas; a espacialização acústica e o tratamento eletrônico de ruídos que, a princípio, não têm a pretensão musical da "composição" etc. Gostaria de saber se a proposta, aqui, resume o desenvolvimento das pesquisas sonoras e visuais do duo desde o início de sua atividade, em 1990, ou assinala um momento em que ver e ouvir as coisas d'O Grivo formam, mais do que antes, uma unidade - agora com dispositivos vários para desestabilizar a percepção?

OGrivo: Não pensamos que a proposta seja um resumo de nossas pesquisas sonoras e visuais desde 1990. Os trabalhos anteriores têm características distintas e cada uma das peças musicais tem um modo de montagem particular. É exatamente a descoberta desse modo de montagem que caracteriza cada uma das peças. Assim, por meio de uma série de gravações e da escuta posterior de nossas improvisações, chegamos a uma forma de lidar com o material sonoro que, por sua vez, estrutura e define o nosso modo de agir diante de uma diversidade ilimitada de procedimentos formais. O que tem caracterizado a pesquisa musical d'O Grivo, ao longo de todos esses anos, é a tentativa de, a cada nova peça musical, descobrir uma forma de ação. Tal procedimento leva a uma diversidade de formas de estruturação musical, por mais que tenhamos uma concepção estética com a qual queiramos lidar a cada período. Quando você fala de resumo, lembramos de toda uma lista de modos de estruturação e combinação dos sons, e mesmo de sonoridades, que já utilizamos e não estão neste trabalho. Claro que, com este esclarecimento, fica a pergunta: "E a imagem? Vocês só disseram a respeito do som!" A imagem é uma conseqüência da funcionalidade sonora e musical, mesmo que em alguns momentos tenhamos de optar por uma solução que privilegie um certo equilíbrio com a imagem. Quando usamos uma lata velha, não é porque a achamos atraente visualmente, mas porque o som da lata é interessante - apesar de buscarmos uma visualidade equilibrada. O que a nosso ver assinala o que você falou desse momento em que "ver e ouvir formam, mais do que antes, uma unidade" contém dois pontos. O primeiro: as pessoas fazem o seu próprio percurso entre os objetos e as caixas de som, elas podem se aproximar ou se afastar. Cada ponto tem características sonora e visual próprias, e os visitantes podem escolher por quanto tempo desejam escutar cada peça musical ou podem, simplesmente, não prestar atenção nos sons. Esses percursos criam, além de uma nova maneira de ouvir (muito mais limitada no espaço do palco), uma nova maneira de ver os mecanismos de produção do som. A proximidade do espectador pode gerar uma observação muito mais detalhada. A conseqüente profundidade das informações visuais do trabalho ganha uma proporção muito maior. No segundo ponto, há uma característica do trabalho que é potencializada no espaço da instalação: a convivência em um mesmo lugar e ao mesmo tempo de quatro estratos sonoros diferentes. Dentro desses estratos, várias peças musicais diferentes podem conviver. Separadas espacial e estruturalmente entre si, elas dialogam por meio do timbre, do ritmo, da intensidade etc. O diálogo é tão importante quanto cada peça. O que vemos se configurar é uma montagem que possibilita a convivência de vários trabalhos, em um espaço físico muito grande.

Entrevista organizada pela curadoria da 28ª edição da Bienal de São Paulo.



fonte Nara Roesler 10.04.2010


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O Grivo
Criado em 1990 em Belo Horizonte, Brasil.
Radicado em Belo Horizonte, Brasil

O Grivo é Nelson Soares e Marcos Moreira Marcos, ambos com formação musical. O trabalho de O Grivo abrange concertos, instalações e performances, com variadas perspectivas de improvisação, e utilização de equipamentos eletrônicos em áudio e vídeo.

Além das performances ao vivo, O Grivo compôe trilhas para cinema, vídeo, dança e instalações em colaboração com artistas como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Alejandro Ahmmed, Adriana Banana e Rodrigo Pederneiras. No momento o GRIVO trabalha na concepção sonora de um projeto da bailarina Thembi Rosa, parceira do grupo em outras ocasiões, e na captação e trilha de filmes.

Este ano, o grupo fez ao vivo a trilha sonora de filmes mudos de George Méliès, Charles Chaplin e Pat Sullivan, em São Paulo. O Grivo prepara uma instalação sonora em parceria com Rivane Neuenschwander que será mostrada na South London Gallery, em Londres, e terá a forma de uma chuva com diversas variações de timbre, densidade, intensidade e posição espacial.

Para a 28ª Bienal de São Paulo, O Grivo exibe uma instalação sonora e performance com o que chamam de "máquinas sonoras", que, acionadas pelos músicos ou por mecanismos eletrônicos, ocupam o espaço com sons em diferentes freqüências, criando um ambiente com variações mínimas. A percepção do acontecimento sonoro vai variar conforme a posição do visitante nesse ambiente, o que resulta sempre em uma experiência única para cada um.

O trabalho de O Grivo, em suas próprias palavras, pesquisa e aprofunda temas e campos tais como a "espacialização, a disposição e o movimento do som no espaço, a improvisação, a ampliação do repertório de timbres (acústicos, eletrônicos e eletroacústicos), a mecanicidade e a aleatoriedade, o minimalismo (John Cage e Morton Feldman), a transparência da forma, a atenção para todas as particularidades dos sons e ouvido curioso".

Exposições


Museu de Arte de Belo Horizonte
Teatro Telemig, Belo Horizonte
Thèatre dArras, Reims, França
Palácio das Artes, Belo Horizonte
Pavilhão Manoel da Nóbrega, São Paulo
Sesc Pompéia, Sesc Avenida Paulista e Sesc Consolação, São Paulo
Martin Klosterfelde Gallery, Berlin, Alemanha
Carreau du Temple, Paris, França



Prêmios


4º Prêmio Cultural Sérgio Motta para o disco "Música Precária" (2003)
Festival de Cinema do Recife (1999): melhor trilha sonora para "0tto
Cine-PE (2005): melhor som para "Aboio"
Prêmio Usiminas/Sinparc (2005) para o espetáculo "Dos Tornozelos à Alma"
Prêmio Usiminas/Sinparc (2006) para "Pinóquio"
Sydney Film Festival: dLux Media Arts - Sound Art Work


fonte : http://entretenimento.uol.com.br/arte/bienal/2008/artistas/o-grivo/

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Fonte cda

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