Ernani Pavaneli

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Artista Ernani Pavaneli
Biografia Nasceu em São João de Nepomuceno, em 1942, Minas Gerais. Em 1980 abandonou a profissão de analista de sistemas para se dedicar exclusivamente à pintura; ao mesmo tempo, exercia a profissão de tradutor de inglês para diversas editoras cariocas. Sua primeira participação em coletivas data de 1982, iniciando assim uma série de apresentações não só no Rio de Janeiro e São Paulo, como igualmente em outras cidades brasileiras e no exterior. Em 1983, realizou sua primeira mostra individual, na Galeria Toulouse, Rio de Janeiro. Expôs nos anos seguintes na Galeria Jacques Ardies, São Paulo, Galeria Adroaldo Carneiro, Recife, Pernambuco e, mais recentemente, na Espanha, em Madri (1996 e 1997) e Lugo (1998).
Sua obra figura nas antologias La Cite et les Naïfs (1986) e L'Arbre et les Naïfs, ambas editadas por Max Fourny, Paris, França. Usando como técnica o pontilhismo, à maneira de Seurat, mas com cores puras e meios-tons, a obra de Ernani Pavaneli traz para a pintura a nostalgia dos velhos álbuns de fotografias familiares, na verdade uma iconografia de raro valor sentimental. Reside no Rio de Janeiro.


fonte : Galeria Jacques Ardies em jan/2011

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Nascido em São João Nepomuceno, Minas Gerais, em 13/11/1942, transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro em 1951. Trabalha numa empresa francesa construtora de computadores e estuda Psicologia até 1978, quando decide abandonar estas atividades para dedicar-se exclusivamente à pintura, tendo participado em 1980 de sua primeira exposição coletiva, no Rio de Janeiro. A partir de 1983 inicia uma série de exposições individuais no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Recife), Espanha(Madrid) e França (Beraut), além de inúmeras exposições coletivas no Brasil e no exterior ...

"A pintura se manifestou em mim desde muito cedo. Tenho muito presente na memória a imagem de uma pintora de minha cidade natal, por cuja casa eu costumava passar, a caminho da escola (eu tinha de 6 a 7 anos de idade). Ainda a vejo, sentada em sua sala, cercada do material de pintura (o cheiro das tintas a óleo continuam a impregnar-me o nariz, ao relembrar a cena infantil), com mãos deformadas pela artrite, que no entanto não a impediam de criar quadros os quais, na minha visão de criança, eram muito atraentes, com seus arvoredos, uma casinha, um pequeno lago onde nadavam cisnes. Pequeno que era, eu subia na janela de sua casa e ficava admirando-a trabalhar, com grande encantamento."
"Hoje, após 25 anos de trabalho continuo, olhando para trás, constato que venho seguindo uma linha de coerência no que se refere aos meus propósitos iniciais, ainda que não me furte ao sentimento da liberdade. Liberdade para experimentar sempre, buscando fazer com que nasçam novos ramos daquele arbusto inicial, arbusto que vai crescendo e se tornando árvore."



Exposições individuais:

1983 - Galeria Toulouse - Rio de Janeiro, Brasil
1984 - Galeria Jacques Ardies - São Paulo, Brasil
1985 - Galeria Toulouse - Rio de Janeiro, Brasil
1986 - Adroaldo Carneiro - Recife, Brasil
1990 - Galeria Jacques Ardies - São Paulo, Brasil
1992 - Galeria Jacques Ardies - São Paulo, Brasil
1997 - Galeria Detursa - Madrid, Espanha
1998 - Sala Almirante - Lugo, Espanha
2002 - Hotel Sofitel - Rio de Janeiro, Brasil
2005 - M.A.N.-Musée d'Art Naif - Béraut, França

Exposições coletivas:

1980 - Galeria Hotel Nacional - Rio de Janeiro, Brasil
1983 - Galeria Jacques Ardies - São Paulo, Brasil -"Seis Artistas Naifs"
1984 - Palácio das Artes - Belo Horizonte, Brasil ("Volta às Origens")
1985 - Galeria Jean Jacques - Rio de Janeiro, Brasil ("Grandes Talentos, Pequenas Telas")
1986 - Galeria Jean Jacques - Rio de Janeiro, Brasil ("Os Naifs olham o Cometa")
1987 - Shopping da Gávea - Rio de Janeiro, Brasil -"A Ousadia da Forma"
1989 - Colaço Galeria de Artes - Rio de Janeiro, Brasil
1990 - Projeto Cultural J.P.Morgan e Partners of América
.Museu da Casa Brasileira - São Paulo, Brasil
.Teatro Nacional - Brasília, Brasil
.Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, Brasil
.Galeria do IBEU - Rio de Janeiro, Brasil
1991 - IMF Visitor Center - Washington, USA
1992 - Chateau de la Tour d'Aigues - Luberon, França
Art Space Gallery - Atlanta, USA
1993 - The Alternative Gallery - Kansas City,USA
1995 - Galerie Jacqueline Bricard - Lourmarin, França
1996 - Galeria Detursa - Madrid, Espanha ("Cuatro Artistas Brasileños")
1999 - M.A.N. - Museo de Arte Naif - Figueres, Espanha
2005 - Galerie Naifs du Monde Entier - Paris, França
1982 - 2006 - Galeria Jacques Ardies - São Paulo, Brasil
2006 - "Arte Naïf - Seleção" - Galeria Jacques Ardies - São Paulo - SP. Brasil
2007 - " Alto Astral" - Galeria Jacques Ardie - São Paulo, Brasil
2007 - "Les Naïfs Miniaturistes" - M.A.N. - Musée dArt Naïf - Chateau dEnsoulès - Béraut, France
2007 - "Simple Pleasures, Bygone Days" - Gina - Gallery of International Art - Tel Aviv -Israel
2008 - "The Naïve World" - Gina - Gallery of International Art - New York - USA
2008 - "A Arte da Espontaneidade" - Club Transatlântico - São Paulo - SP, Brasil




Publicações:

 1986 - La Cité et les Naifs - Giles Mermet, Ed. Art et Industrie,
Max Fourny - França
 1989 - Artes Plásticas Brasil - Edit. Inter Arte, Júlio Louzada
São Paulo, Brasil
 1990 - L'Arbre et les Naifs - Jacques Brosse - Ed. Art et Industrie,
Fourny - França
 1995 - Filme "Art Naif no Brasil" - Cristina Corbett
São Paulo, Brasil
 1996 - Isascope 1996 - Institut Supérieur des Affaires
França (capa)
 1997 - Naifs du Monde Entier - M.A.N. - Figueres, Espanha
 1998 - Arteguia - Directorio de Arte - Espanha e Portugal
Madrid, Espanha
 1999 - A Arte Naif no Brasil - Jacques Ardies / Geraldo Edson de
Andrade - São Paulo, Brasil


CRÍTICAS


"Há algo de um delicioso ingenuismo nesta série de quadros que compõem sua estréia. (...) A destacar, logo de início, uma linguagem de paciente elaboração através de um pontilhismo de cores suaves (...), de envolvente empatia, ao mesmo tempo que deixa fluir na tela toda uma carga de emotiva nostalgia." (Geraldo Edson de Andrade, Rio de Janeiro, 1983)
"É o mineiro de São João Nepomuceno, Ernani Pavaneli (...) espécie de Fra Angélico ingênuo, com suas orquestras celestiais e personagens sonhadores pairando sobre nuvens de flores. Pavaneli não é um primitivo moderno amante do pitoresco e das formas alegres e violentas. Para ele, o mundo é azul-claro, cor-de-rosa e branco, povoados de seres infantis e de inocência". (Flávio de Aquino, revista Fatos/Fotos, Rio de Janeiro, 1984)
"Já se disse que, para que um estrangeiro possa entender a arte feita num país, será necessário que este conheça também a história e a cultura desse país. Principalmente se a arte que se considera é de natureza naive, instinstivamente apegada às raízes. Este poderia ser o caso das telas de Ernani Pavaneli. Mas não é, porque, embora naive, a pintura de Pavaneli é universal. Seus retratos de tempos idos (...) mostram o passado que tanto pode ser de sua Minas natal, como de qualquer parte (...)". (Lincoln Martins, revista Ele Ela, Rio de Janeiro, 1985)
"Lembro sempre do mestre D. Gerardo Martins, que dizia: 'A linguagem dos artistas ingênuos não se compreende à primeira vista, eles devem ser entendidos pelo máximo de pureza que transmitem os seus trabalhos, e isto leva algum tempo'. É o conselho mais importante para análise dos trabalhos de Pavaneli, onde a leveza e a fluidez aparente escondem toda uma história a descobrir, toda uma alegria de fazer chegar sua mensagem ao público". (Bernardo Dimenstein, Recife, 1986)

"Conheço muitos artistas ingênuos, ou o que chamam naif. Nenhum deles, no entanto, consegue me transmitir esse amplo sentimento: aquele de encanto, diante da beleza de seus quadros, e o outro de incredulidade, diante da impecável qualidade técnica. Parece incrível que um pintor, não importa a classificação, tenha a infinita paciência de elaborar seus trabalhos, como Ernani Pavaneli. Seu pontilhismo é a própria perfeição". (José de Souza Alencar - Alex - Recife, 1986)
"É surpreendente e até mesmo fantástico que nós, mortais, vivendo hoje sob o pânico da hecatombe, ainda possamos conviver com artistas plásticos que, através de uma arte ingênua, conseguem ser superiores a essa preocupação do homem em medir força, poder e medo. (...) No seu minucioso trabalho técnico de pontilhismo, que é dos mais bonitos, Pavaneli mais uma vez conquista outra faceta do artista ingênuo que é: ser artesão." (Orismar Rodrigues, Recife, 1986)
"A Arte de Ernani Pavaneli - um dos mais reconhecidos pintores naif da atualidade - se reveste de grandes doses de originalidade, expressa num pontilhismo de cores suaves e linguagem pacientemente elaborada, que tem como resultado uma leveza e uma fluidez características do artista". (Jornal da Liberdade de Comunicação, São Paulo, 1991)
"Pavaneli parece ser um pintor de estampas, mas é um pintor de cenas, parece amável, mas resulta inquietante, parece risonho, mas pode ser reticente, parece ser um bom desenhista, mas é um pintor que domina seu mister. É diferente." (Carmen Pallarés, ABC de las Artes, Madrid, 1996).
"Mediante o exercício de ir aportando pequenos toques de luz, o pintor eleva ou apaga o diapasão das cores de fundo que, em superfícies monocromáticas, cobrem os distintos planos do quadro. Pavaneli atinge assim uma magnífica vibração que, além de dinamizar as perspectivas formais, tanto de objetos e figuras, como do espaço, aporta um pulsar misterioso, uma singular maneira de latejar a cada 'representação' que, sem dúvida, é uma das virtudes mais bem sucedidas de sua proposta". (J.A. Romero Brontes, Madrid, 1997)


Fonte: O próprio artista em jan/2011






Fonte cda

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