Biografia |
Elezier Xavier nasceu aos 5 de fevereiro de 1907 na cidade de Triunfo, sertão de Pernambuco. Realizou estudos no Colégio Diocesano e depois no Colégio Marista. Transferiu-se para o Recife e depois para o Rio de janeiro, onde estudou um ano desenho no Liceu de Artes e Ofícios, com professor Eurico Alves. Participou do 2 e 3 Salão dos Artistas Brasileiros, no Rio de Janeiro, nos anos de 1929 e 1930, além de outras exposições coletivas naquela cidade, em Salvador e no Recife. Realizou exposições individual no Salão Nobre da Câmara do Distrito Federal (1949), no Clube dos Artistas e Amigos da Arte em São Paulo (1959) e inúmeras no Recife. Recebeu diversos prêmios do Salão Oficial de Pernambuco, nos anos de 1942, 1943, 1952 e 1953.
Suas aquarelas integram coleções particulares e de instituições oficiais dos Estados Unidos, França, Áustria, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Suiça e Japão. Publicou os seguintes livros de arte: Álbum do Recife (impresso em preto e branco) EFPE; Recife Olinda, Igarassu e Itamaracá (edição do governo de Pernambuco, policrômico) e álbum com reproduções de 12 quadros sobre o Recife (edição policrômico do autor); e ilustrou o Relatório dos Grandes Moinhos do Brasil, com motivos de engenhos pernambucanos, e o livro Apipucos: que há um nome? De Gilberto Freyre. Dentre as suas atividades de magistério consta o ensino de desenho na Escola Técnica Prof. Agamenon Magalhães, Escola Normal Oficial do Estado, no curso de preparação de oficiais da brigada militar de Pernambuco e nos Colégios Pedro Augusto, Padre Félix, Porto Carreiro, Nossa Senhora do Carmo e Escola Normal Pinto Júnior. Em 12 de setembro de 1984 o Departamento de Cultura tomou-o como patrono de sua sala de exposições, apondo uma placa alusiva.
O artista imortalizou paisagens de Pernambuco e do Recife. "Os casarões, os jardins, tudo que pudesse ser a memória do Recife, ele pintava", disse Cristina Xavier, filha do artista.
Durante o governo Sarney, o pintor recebeu a comenda Barão do Rio Branco, da Presidência da República, na mesma cerimônia em que foi agraciado Pelé.
Em 1990 recebeu o troféu "Construtores da Cultura da Cidade do Recife". A iniciativa de homenagear o artista partiu do Conselho Municipal de Cultura, daquela cidade, que escolheu o prefeito Joaquim Francisco para entregar o troféu.
Elezier faleceu no Recife em 18 de Junho de 1998, aos 91 anos. Porém seu nome continua vivo, preservado pela sua arte.
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