Cristiano Lenhardt

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Artista Cristiano Lenhardt
Biografia Cristiano nasceu em Itaara, interior do Rio Grande do Sul, estudou Desenho e Artes Plásticas na Universidade Federal de Santa Maria. Seu período de formação também envolve orientação no ateliê de desenho com Suzana Gruber durante a faculdade, um curso de desenho e conceitualização com Charles Watson e orientação no Torreão, com Jaílton Moreira. Em 2005, Cristiano ganhou uma bolsa de pesquisa no Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, mudou-se, então, para o Rio de Janeiro onde ficou um ano. Em 2007, decidiu morar em Recife para terminar sua pesquisa.
Mas, antes de partir para estas andanças, ainda em Porto Alegre, Cristiano entrou no Grupo Laranjas, hoje formado por ele mesmo, Cristina Ribas, Fabiana Rossarola e Jorge Menna Barreto. "Estar no Laranjas é expandir-se num outro tipo de atenção e sensibilidade, um fazer potente sem necessidade de aprovação. Atualmente, Laranjas requer um tempo de criação diferenciado, a distância geográfica entre os integrantes propõe a contemplação de nossas ações convergindo na elaboração de outros sentidos, ainda por vir. Cada um está em uma cidade diferente e mais nenhum em Porto Alegre há um bom tempo", reflete.

Além das intervenções urbanas, Cristiano também trabalha com vídeos. "Na elaboração de alguns vídeos, a ação no espaço público é a condição que o faz existir. Tudo é pensado para existir junto, tanto o vídeo quanto a ação", explica. É o caso de Ajuste Manual, em que o artista sai na rua carregando um videocassete e uma fita em uma bolsa e entra em todos os estabelecimentos comerciais que tenham um televisor para propor a exibição das imagens. "Ajuste Manual é um vídeo que fala da própria ação, sobre usar ferramentais que se tem à mão para localizar um foco, e isso teve que ser arranjado com o corpo inteiro", diz. Outro vídeo nessa linha é Diamante VHS de 2004. "É uma imagem construída para ser afixada em muros, paredes e carros. O vídeo não é exibido, a ação é sortir na rua essa imagem contida na fita. Alguém iria acessá-la em breve", conta.

Outro trabalho que envolve vídeo e intervenção urbana, mas sem a presença real do vídeo, é Ao Vivo, que teve vários desdobramentos. Mas, a maioria deles envolvia a colocação de uma bandeira, com ao vivo escrito, por espaços públicos. "O trabalho relativiza a realidade apresentada ao vivo como verdade. E, traz para o próprio espaço onde o espectador se encontra, a real noção de estar vivendo. Esse viver é integral, às vezes podendo ser repleto de nada. E isto não precisa ser descartado. Os momentos de não-acontecimento são bonitos também", comenta.

Já, os vídeos mais recentes de Cristiano Retratante e Retratado e Constelação são ficcionais e não tem a preocupação com a ação urbana. "Em mim a arte mobiliza uma genuína liberdade. Ela toca em comandos de apropriação da existência. A vida das pessoas é maior e mais verdadeira do que a representação. Foi por esse pensamento que cheguei à ficção e a riqueza que ela traz. A ficção é mais verdadeira do que o documental, pois se trata de extra-realidade, de invencionices. No documental, vende-se uma idéia de verdade. Enquanto na ficção, a ilusão e a fantasia é que são verdadeiras. Isso pode gerar mobilização na medida em que as pessoas sejam capazes de relerem suas histórias criando novos capítulos e adendos e verbetes. Ter uma vida autoral", explica.

Atualmente, Cristiano está finalizando um vídeo chamado Sentinela, que tem imagens subaquáticas e está sendo feito com incentivo da Fundação Joaquim Nabuco. O vídeo trata-se, nas palavras do artista de uma "fração de tempo do universo de um sentinela aquático, cuja tarefa é proteger a honra sensível do reino o qual habita. Lançando mão da beleza, ele inflama o ar retumbando a sua presença. Ao sol se pôr, fogos explodem fora do alcance dos homens. A beleza é ofertada em abundância. É definida a cor de uma situação. E o terreno se faz ausente". Cristiano também está preparando uma exposição para o CCSP, que será em setembro.

fonte : Fundação Iberê Camargo em 14/03/2008


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Cristiano Lenhardt nasceu em Itaara, Rio Grande do Sul, em 1975. Morou em Santa Maria, Porto Alegre, Rio de Janeiro e reside atualmente em Recife. Graduou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Santa Maria (2000). Orientação artística no Torreão em Porto Alegre, de 2001 a 2003. Integra o Grupo Laranjas. Realizou exposições individuais na Galeria Marcantonio Vilaça, Instituto Cultural Banco Real, Recife (2008). Foi reconhecido com os seguintes prêmios: Abre Alas, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro (2008); Prêmio Projéteis da Arte contemporânea, FUNARTE, Rio de Janeiro (2008); Prêmio Concurso videoarte, Fundação Joaquim Nabuco, Recife (2007); SPA das artes, Recife (2007 e 2004); Bolsa Prêmio 26º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Pernambuco (2006); entre outros.


fonte : 7 Bienal do Mercosul


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