Carlos Dias - ASA - Carlos Diaz

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Artista Carlos Dias - ASA - Carlos Diaz
Biografia Carlos Dias também assina ASA, que é a abreviação da frase Ao Seu Alcance. Essa frase sintetiza sua principal motivação criativa, que é o desejo de fazer uma arte ao mesmo tempo profunda e expressiva, que qualquer pessoa possa sentir, mesmo antes de precisar entender.
Carlos é um artista multi-mídia, que investe muito da sua pesquisa, na descoberta de suportes incomuns e no desenvolvimento das ferramentas para lidar com eles. Mas a sua principal linguagem é a pintura, na qual sintetiza a sua proposta estética suja, contemporânea, pop, energética e barulhenta.
Há alguns anos atrás, Carlos ouviu a seguinte crítica, vinda de um visitante que olhava um de seus quadros: "meu filho de dois anos pinta melhor que isso". Gostou. Apesar da ironia, a comparação com um trabalho de criança lhe soou bem, como um elogio, pois apesar de toda a aplicação formal que está envolvida em cada um de seus trabalhos, o artista quer mesmo é impactar pelos sentidos e não pelo intelecto.
A experiência de poder se comunicar diretamente com o coração do público, Carlos trouxe dos shows de música que protagoniza, cantando, normalmente em contato direto com o público, numa relação pra lá de emocional.
Carlos nasceu em Porto Alegre, em 1975 e morou muitos anos em São Paulo, onde participou ativamente das muitas sub culturas juvenis dos anos oitenta e noventa: skate, punk, hardcore, graffiti, street art, etc.
Com essas referências, Carlos construiu um mundo psicodélico, pop e expressionista, povoado por personagens surreais em cenários caóticos. Seu imaginário é fruto de intensa pesquisa de Arte Popular, de Cultura Pop e referências contemporâneas de Street Art.
Sua gráfica é marcante e fortemente ligada à pintura gestual. Rabiscos, escorridos, manchas são elementos recorrentes nas suas pinturas, onde vez ou outra surge uma frase ou palavra escrita numa tipografia toda própria. A cor também é elemento essencial e surge associada à exploração de materiais inusitados, como o fluor, a purpurina ou a tinta metalizada.
Os suportes podem variar muito, das telas aos painéis de madeira, passando por qualquer objeto encontrado por aí e que possa ser pintado.
Quando fazia graffiti, ainda nos anos noventa, recebia muitas críticas dos puristas, por que ao invés de usar apenas o spray, o artista subvertia e recorria às ferramentas mais improváveis para pintar as paredes: giz de cera, cantas, lápis, colagem, entre outras.
Sujeira, poluição, ruído e excesso visual são elementos constantes na obra do artista. Essa é uma expressividade barulhenta mesmo, que dialoga abertamente com a música do Againe, Polara, Caxabaxa e outras bandas formadas pelo artista ao logo das últimas décadas.
Carlos é músico, compositor, performer e autor de alguns hits de sucesso gravados por bandas pop, como CPM22 ou Cansei de Ser Sexy. Suas habilidades musicais têm muito a ver com a sonoridade da sua pintura, ditada pela alternância de ritmo, pelas texturas repletas de ruídos e dissonâncias ou pelo volume de pinceladas espessas ao lado de leves rabiscos feitos a lápis.
Carlos Dias é, antes de tudo, um pesquisador de linguagens e estilos. Gosta de se embrenhar pela fotografia, video, intervenções urbanas, instalações, performances. Essa navegação entre várias mídias não é aleatória, segue um padrão de comunicação pop com a jovem audiência que o acompanha.
Carlos foi um dos primeiros artistas a usar o adesivo, como plataforma para o seu trabalho. Na virada do milênio, a Arte Urbana passava por grandes transformações e as novas gerações procuravam novos meios de intervir no ambiente das cidades. Esse movimento, chamado de Street Art, se consolidou nos anos seguintes e revigorou a arte pública feita por jovens nas grandes metrópoles.
No trabalho de Carlos Dias, outra mídia tem lugar de destaque, a instalação. A expertise veio, provavelmente da experiência com os trabalhos de Street Art, sempre mais voltados às interferências no ambiente urbano do que à pintura de grandes murais.

Exposições individuais

Ao Seu Alcance, Choque Cultural, 2006Veraneyo, Choque Cultural, 2007Porto Alegre na Choque, 2008

Exposições coletivas

Draga #1, Rafael Lain and Fernanda Steiman, Brasil, 2003Mirante, Trancoso, Brasil, 20031st Independent Art Show, FUNARTE, with Stephan Doitchnoff, 2003Faca Dágua, Galeria Adesivo, Porto Alegre, 2004 Catalixo Exhibition, Choque Cultural Gallery, 2005Memorial da América Latina Museum, São Paulo, 2006Ocontemporary Gallery, 2007, BrightonScion Center, São Paulo group show, 2009, Los Angeles
Publicações

Graffiti Brasil, Thames & Hudson, Tristan Manco, 2005
Fonte Choque Cultural

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