Biografia |
Bet Katona, nasce Maria Erzsebet Katona na cidade de Pécs, cidade ao sul da Hungria em 15 de Abril de 1954.
Trazida para o Brasil, Teresópolis, Estado do Rio, em junho de 1962 com oito anos de idade. Começou a estudar pintura e desenho ainda em Teresópolis em 1968, com o professor Amado, e mais tarde no atelier do pintor Ladislau Dutka. Interrompeu a pintura em 1972.
Formou-se em medicina em 1980. Especializou-se em Radiologia e diagnóstico por imagem que exerce até hoje. Muda-se para o Rio de Janeiro neste mesmo ano.
Volta a estudar pintura no EAV de 91 a 96.
Em 1994 participa de uma excursão a museus e galerias em Nova Iorque, onde assistiu palestras com os professares Charles Watson, Katie Van Scherperberg, Luiz Ernesto e professores locais.
Em 1996 muda-se pra Manaus, interrompendo as aulas do EAV. Lá faz contato com artistas locais. Em junho de1999 vai morar em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Em janeiro de 2001 passa a morar em Angra dos Reis.
Retornou definitivamente para o Rio de Janeiro em 2005.
fonte : Site da artista em 26/06/2010
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DADOS PESSOAIS:
- Maria Erzsebet Katona (Bet Katona) nasceu em Pécs, cidade do sul da Hungria em 1954, veio para o Brasil em 1962, residindo em Teresópolis até 1980.
- Formou-se em Medicina em 1980, exerce a profissão até hoje.
- Atualmente reside e trabalha no Rio de Janeiro.
FORMAÇÃO em PINTURA:
1968 a 1973:
- Aulas de pintura no atelier do SESC com o professor e pintor Amado, Teresópolis, RJ,
- Aulas no atelier do pintor Ladislau Dutka, Teresópolis, RJ.
1992 a 1995 e 2005 a 2008:
- Aulas na Escola de Artes Visuais do Parque Laje - Rio de Janeiro
- Desenho Modelo Vivo, com o professor Gianguido Bonfanti.
- Pintura I, com o professor João Magalhães.
- História da Arte Contemporânea, com o professor Reynaldo Roels Jr.
- Teoria e Prática - Cor e suas Questões, com o professor José Maria Dias da Cruz.
- Questões Fundamentais da Pintura, com o professor Luiz Ernesto.
- Atelier Livre de Pintura com a Professora Katie Van Scherpenberg.
- Processos Criativos, com o professor Charles Watson.
- Aulas Teóricas sobre Materiais de Pintura - tintas e suportes - com a professora Cristina Pape.
- Aulas práticas sobre Materiais e Pintura e sua Importância na Formação da Imagem, com prof. Katie Von Schepenberg.
- Composição - Ponto Plano e Linha - com o professor Gianguido Bonfanti.
- Gravura com os professores João Atanásio e José Maria Dias da Cruz.
- Questões da Pintura com o professor Chico Cunha.
- Pintura II, com o professor João Magalhães, no EAV Parque Lage.
DISTINÇÕES:
- Dynamic Encounters - Museus e Studios de Nova Iorque, sob orientação do professor Charles Watson e equipe em 1994.
- Dynamic Encounters - Bienal de Veneza e Documenta de Kassel, sob orientação do professor Charles Watson e equipe em 2007.
- Dynamic Encounters - Inhotim - Arte Contemporânea - MG, em 2008.
XPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:
2009- Ocupação, na Galeria de Arte da Casa&Cor, Jockey Club, RJ.
2006- Individual na Casa de Cultura de Teresópolis, RJ.
1995- Individual na Galeria de Arte do SESC de Tijuca, RJ.
1995- Individual na Galeria de Arte do SESC de Teresópolis, RJ.
EXPOSIÇÕES COLETIVAS:
2009- Zona Oculta, entre o público e o privado, no SESC e no CEDIM, RJ.
2009- Arte ao Cubo na Galeria Anna Maria Niemeyer, RJ.
2007- Coletiva na Galeria de Arte da UFF, Niterói, RJ.
1997- Maerlant Denis e Bet Katona no Espaço Cultural da Caixa Econômica de Manaus, AM.
1997- Leilão de Arte Filantrópica no Hotel Tropical de Manaus, AM.
1994- Mercedes Fraga e Bet Katona, na Galeria da Universidade Estácio de Sá, RJ.
1993- Coletiva dos alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ.
fonte : Site da Artista em 26/06/2010
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Bet Katona sempre trabalhou com imagens e, desde a década de 1990, vem realizando cursos com Gianguido Bonfanti, João Magalhães e José Maria Dias da Cruz, no Parque Lage e em outros lugares. Em sua busca pela constituição de uma linguagem artística, experimenta a tradicional técnica de tinta acrílica sobre tela, realizando composições figurativas como paisagens, interiores e naturezas-mortas. Suas pinturas caracterizam-se pela economia formal, o aspecto chapado das tintas, a opção por grandes formatos e por uma síntese de elementos para a construção de "cenas".
Cenas sim, porque de seus ambientes emanam narrativas. As influências da fotografia e da direção de arte estão presentes em seu trabalho, tanto pela escolha do enquadramento quanto pelo fato de, por trás de cada uma dessas pinturas, existir uma história que tentamos conhecer, desvendar. A artista parte da visualidade interessante de um objeto e vai limpando os excessos, tornando essa forma cada vez mais sucinta. O resultado são pinturas silenciosas, que apresentam uma perspectiva diferenciada e trazem o essencial de uma memória, de um momento. É nesse sentido que os trabalhos são cinematográficos, pois constroem histórias íntimas, prosaicas, solitárias. Seus espaços são desolados e funcionam como indícios de uma habitação onde a figura humana não está presente. Conhecemos esses personagens através dos ambientes que freqüentam, já que esses são como vestígios.
A opção em não deixar as pinceladas visíveis - pois essas funcionariam como rastros - tira dessas pinturas qualquer viés expressivo: elas são sim recortes desafetivizados. Seu caráter impessoal é ainda mais enfatizado pelas cores chapadas e por seu aspecto industrial, de design, que tiram da pintura a aparência de artesania e manufatura, conferindo-lhe um caráter muito menos personalista e muito mais universal. Dessa maneira, a empatia com esses trabalhos não é imediata, como pareceria óbvio para uma pintura figurativa, pois, assim como é preciso tempo e sensibilidade para lidar com o vazio, é necessário aguardar em silêncio que essas imagens surjam no espaço, comunicando a que vieram, pois elas não se mostram francamente, de primeira. O resultado, que poderia ser uma pintura carregada é, ao contrário, de grande vitalidade e energia. Mesmo as telas pequenas aparecem como croquis, estudos para a produção das grandes telas, onde a artista exercita incansavelmente seu fazer pictórico diário. Dessa forma, não são pinturas palatáveis. Ao contrário, requerem olhares profundos e atenciosos, que descubram quanta beleza é possível enxergar em meio a tanto desapego.
Fernanda Pequeno
23 de outubro de 2009
fonte : Site da Artista em 26/06/2010
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