| Biografia |
Arlete Soares, fundadora da Editora Corrupio (Salvador, 1979) é autora de seis livros de fotografia. Caminhos da Índia (1991), Israel Shalom! (1994), Bahia Tatuagens (1997), Bahia 2000 (1998), Salvador da Bahia - Cidade Plural (2004) e Anônimos (2010), além de participações em outros livros como Tempero da Dadá (1998), A Invenção do Brasil (1997). Realizou duas exposições individuais em Fortaleza (1997) e Salvador (2007).
Bolsista em Paris, contestadora do regime que infelicitava o Brasil, dirigiu a vida política na Cité Universitaire, com decisiva intervenção, ostensiva ou encapuçada, em acontecimentos subversivos.
Dirigiu (no Brasil) agência de publicidade, publicou revista e imprimiu os cartões postais mais lindos da Bahia, fundou a Editora Corrupio, resgatou a obra extraordinária do grande fotógrafo e etnógrafo Pierre Verger, pôs de pé sua Fundação que deve preservar este imenso acervo, editou uma porrada de livros excelentes. Fico por aqui, não revelo outros feitos (jamais malfeitos) por secretos que são.
De tudo quanto Arlete Soares fez em tão pouco tempo, pois se trata de uma senhorita ainda jovem e sedutora, nada me parece mais definitivo quanto sua arte de fotógrafa. Poderia, se quisesse, ter seu nome inscrito na relação dos grandes fotógrafos brasileiros, ao lado de Sebastiao Salgado, aliás seu amigo.
Com tanta coisa a fazer, não deu à câmera fotográfica o necessário tempo integral. Fotógrafa quando melhor lhe parece, sem ambição de fama ou fortuna. Outra característica da moça baiana é a desambição, realiza pelo prazer de realizar, sumindo na hora do aplauso e do reconhecimento.
Arlete é pessoa da minha família, ou seja, do meu maior bem querer, mas a amizade não me faz cego ou leviano, não estou aqui para lançar confetes". Jorge Amado, 1991.
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