Artista Anita Beatriz Heilberg Kaufmann - Anita Kaufman
Biografia Anita Beatriz Heilberg Kaufmann

São Paulo/SP, Brasil, 12/03/1951
Escultora. Assina ANITA KAUFM.

Filha de mãe artista, Anita Kaufmann foi estimulada desde cedo a se dedicar à criação artística. Aos quatro anos fez seu primeiro curso de livre expressão, na FAAP, onde viria a se formar em Artes Plásticas, vinte anos mais tarde, quando também inaugurou seu primeiro ateliê.
Pesquisadora incansável, suas obras são construídas a partir de materiais que vão do latão ao ferro, passando por bronze e alumínio, incluindo ainda cimento e mármore, e agora, fibra de vidro.
Desde 1972, a artista vem expondo seus trabalhos em locais como a Bienal de SP, Masp, Caixa Cultural, em galerias como a Skultura, em São Paulo, em mostras individuais de outras capitais brasileiras, e também em galerias internacionais (Nova York, Whashington, Hong Kong, Madri). Desenvolve obras especiais para empresas e premiações, entre elas a Revista Espaço D, Alcan, Dupont, Lycra, Banco Sulamerica, Avon, Basf, Citibank, Hospital Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas.

1999-individual ª Paulista e Pça da Sé - São Paulo -Caixa Economica
1999-Galeria Neuhoff- N.Y. - USA
1997-individual Galeria Skultura -São Paulo
1995-Galeria André - s.p.
1994-arte pela paz
1992-coletiva Hong Kong - China
1991-coletiva Madrid -Espanha
1987-coletiva Goiania
1985-individual-galeria Documenta -s.p.
1982-100 anos de escultura -MASP -S.P.
1976-Individual Arte Aplicada -s.p.
1972-pré bienal -s.p.

*Criação de prêmios e troféus:
Phillip Morris do Brasil
Ici
Union Carbide
Basf
Avon Cosméticos
Revista Espaço D
Revista Contigo
Prêmio Barão de Mauá
Ipiranga Química
Banco SulAmerica
Banco Itaú


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Sem cabeças e braços, despidos, destacando, à parte, alguns pares de pés, Anita Kaufmann construiu assim seus ´Personagens`, conjunto de esculturas que serão exibidas a partir de 22 de agosto, até 11 de setembro, na Arte Infinita Galeria, e também na Praça do Patriarca, centro de São Paulo, e que marcam seus trinta anos completos de carreira. "É a hora de entrar na cidade, no conjunto de pessoas interagindo. O indeciso, o andarilho, o autoritário, juntos, contracenando".

Na praça escolhida para trazer ao público seus personagens, Anita terá sua obra dialogando com a do renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que construiu no local um pórtico branco metálico, com 40 m de vão, considerado uma das mais importantes intervenções arquitetônicas recentes no centro da capital paulista. "Uma honra, um desafio, uma oportunidade para a arte contracenar com a arquitetura", comenta a artista, que empolgou-se em trabalhar no local também pela presença instigante de um personagem da história brasileira, o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, que deu nome à praça, criada há pouco mais de cem anos.

Escritora por prazer, escultora por vocação e profissão, com um estilo racional e equilíbrado, característica de sua origem germânica, nesse trabalho Anita Kaufmann diz ter "escrito um livro com as esculturas, daí os personagens". Cinco dezenas de esculturas construídas em fibra de vidro alternam posições, simbolizando seres idênticos, não fosse pela cor distinta, que indica diferentes reações e respostas aos diálogos. A cor cinza prevalece e, na simbologia da artista, representa o ser inerte, que apenas sofre interferências, com expressão muito restrita. O branco, pontuando uma ou outra posição, representa os seres que recebem e reproduzem instantaneamente as influências ao longo da existência, desde experiências felizes até as mais delicadas. "O branco absorve tudo e retrata sua história de influências, sejam boas ou críticas", explica Anita.

A terceira cor encerra a diversidade cromática da mostra com o azul Ives Klein. Em menor número, a cor criada e patenteada pelo artista francês em 1960 simboliza, na exposição, os "seres incomuns", com vontade e vida própria, que tendem a espalhar sua influência sobre os demais: "São raros e dinâmicos; embora em menor número, estão por trás de quase tudo o que se realiza", comenta a artista. Ives Klein (1928-1962) foi um dos fundadores do Novo Realismo, movimento que introduziu na arte preocupações com as questões industriais e urbanas, e um olhar mais cuidadoso sobre o advento da tecnologia presente em quase todas áreas da produção contemporânea.

Há também os pares de pés, destacados, construídos separadamente em duas formas (pares em série e isolados),
e representam o desejo irreprimível de caminhar: "Assim como essa mostra pretende amplos espaços, simbolizando a vontade do artista de se expressar sem limitações, os seres, especialmente os humanos, privilegiam o caminhar, e acabam se deslocando mesmo em condições adversas. E para isso posicionam os membros inferiores de forma a construírem, em gestos sutis, personagens com o equilíbrio devido que os permita caminhar, em conjunto ou isoladamente", analisa Anita.
Sobre a opção por narrar a história urbana através da série de esculturas, a artista comenta: "A grande diferença, para mim, é a tridimensionalidade. A forma de um livro é plana, embora produza no imaginário toda a sorte de imagens, mas concretamente as três dimensões só existem na escultura". Segundo ela, essa característica é o que a fez, desde o princípio de sua atividade, há trinta anos, optar pela escultura: "A presença evidente e completa de todas as faces da obra é o que me instiga a produzir. E o desafio de cada material, que fui aprendendo a enfrentar, tem sido, ao longo dessas décadas, muito edificante, ferramenta que permite a construção do meu próprio personagem e o meu íntimo caminhar".

Fonte Site do artista

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