| Biografia |
Andrea Anholeto
Uma estética prazerosa
A atividade artística traz consigo a necessidade de uma constante renovação e de uma busca de formas de expressão que se unificam por um pensamento. As esculturas de Andrea Anholeto, nesse sentido, têm como elemento diferenciador a necessidade de trabalhar com grupos de figuras ou repetições de formas.
Isso se torna visível, por exemplo, no momento em que constitui cardumes de peixes, revoadas de pássaros ou conjuntos abstratos que se caracterizam por planos que se relacionam em sobreposições ou ainda em peças com estruturas de móbile, mais leves, prontas a serem penduradas por um fio no espaço.
Essas vertentes têm em comum o poder de exigir um posicionamento ativo do observador. Algumas peças podem até ser manipuladas, com estruturas móveis. Acentua-se, assim, o aspecto tridimensional de poder tocar a obra e interagir prazerosamente com ela.
O processo de criação da artista se reflete no resultado, marcado pelo jogo e pela combinação e recombinação de elementos. Isso surge de maneira marcante nos trabalhos em que linhas ou conjuntos se sobrepõem, tendo um papel fundamental na construção de abstrações.
É na associação do prazer de criar, ligado ao desenvolvimento de possibilidades a partir de um mote; de conquistar o espaço, tendo no movimento um fundamento; e de utilizar grupos de peças com múltiplas variantes, que Andrea Anholeto expressa sua estética alegre em conjuntos harmoniosos.
Oscar D'Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA - Seção Brasil).
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