| Biografia | Aldir Mendes Filho (1941 - 12/02/2007) 
 Aldir começou a expor em 1962.
 
 Autodidata, desenvolveu pesquisa em vários setores da arte contemporânea, principalmente no campo da pintura. Construiu uma carreira sólida ao longo de mais de 40 anos atuando no cenário das artes plásticas do Brasil e exterior.
 
 A partir de 1969 elegeu o cafeeiro como símbolo da natureza e o representou por uma figura circular de contornos sinuosos. Do cafeeiro surgiu o cafezal, formado pela disposição regular do arbusto em fileiras. A seriação da figura levou-o à perspectiva, e sua síntese formal à geometrização.
 
 Na década de 70, desenvolveu extensa obra referenciada ao campo e à cidade. Em 1979 realizou uma exposição baseada na arquitetura de prédios, explorando o formato retangular das janelas. No ano seguinte, desenvolveu uma série de pinturas abstratas geométricas a partir da figura do retângulo.
 
 No ano de 1982 comemorou 20 anos de pintura com uma grande exposição retrospectiva no Museu de Arte Brasileira da FAAP, onde foi lançado o livro Aldir Geometria da Cor. Na época seu tema era Cidade X Campo, apresentando formas despojadas, ainda sob os efeitos dos trabalhos abstratos. Em 1985, apresentou a fase Geo/Metria, que é uma síntese de sua pintura abstrata de 1980, e da paisagem rural. Utilizou,  a partir de então, o retângulo em perspectiva oblíqua como símbolo, eliminando a linha do horizonte de suas paisagens. A partir de 1987 desenvolveu os trabalhos de pintura em concreto colorido, aproveitando sua expêriencia anterior na realização de murais. Propôs a horizontalização da pintura, proporcionando ao abservador uma visão de cima das obras.
 
 Em 1990 apresentou a série de pinturas inspiradas no círculo cromático. No ano de 1991 voltou ao tema das cidades mostrando o conjunto Relatividade Metropolitana. No mesmo ano, expôs com artistas abstratos geométricos brasileiros e italianos no MASP e no Museu Nacional de Belas Artes em Roma e Salerno. Participaram Corpora, Straza, Barsoti, Saciloto e Ianelli. Em 1992 completou 30 anos de pintura com uma exposição no Paço das Artes em São Paulo, e lançando o livro Geometrie Parlanti, editado na Itália. Ainda em 1992 iniciou a série da Trajetória e Velocidade da Cor e da Paisagem Subatômica.
 
 Em 1993 realizou três exposições simultâneas no Campus da Universidade de São Paulo. No Museu de Arte Brasileira da FAAP, apresentou a série Movimento da Cor em 1994. Em 1997, expôs com Volpi, Weissman e Ianelli no MASP, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Brasília, no projeto Poetas do Espaço e da Cor. Em 1998 desenvolveu a série de pinturas denominadas Arco_Íris, com cores claras e aéreas, reintroduzindo a linha do horizonte nos conjuntos de paisagens rurais. Em 1999 iniciou a série dos "quartetos".   Em 2001apresentou-os na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em instalação denominada Pintura para Pisar.
 
 Comemorou 40 anos de pintura em 2003 com exposição no MASP Centro - São Paulo. Lançou o livro Obsessão pela Cor , com textos de Frederico Moraes e Olívio Tavares de Araújo, no Espaço Cultural Blue Life, mostrando obras que ilustravam a publicação.
 
 Nos anos de 2004 e 2005 realizou individuais em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Brasília, expondo a fase "Geometria Brasileira".
 
 Ao longo de sua carreira participou de eventos de destaque como a Bienal Internacional de São Paulo em 1967, 1969, 1971, 1973 e 1977; Bienal Ibero Americana do México, em 1987 e 1989; Bienal de Havana, Cuba, em 1991 além de diversas exposições individuais em galerias dos Estados Unidos, Itália, Portugal, França e Espanha.
 
 Em 2005 Aldir descobriu ser portador de uma grave leucemia.
 
 Em 2006 realiza a exposição Cores do Buraco Negro, com performance da bailarina Larissa de Moraes, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo.
 
 Debilitado pela doença não deixou de produzir, utilizando-se inclusive da doença como motivação e inspiração para suas obras através da série  Campos de Batalha , que faz analogia à batalha celular ocorrida em seu organismo. Interrompido pelo agravamento de seu quadro clínico Aldir não chegou a expor a nova fase.
 
 Em 12 de fevereiro de 2007, após 15 meses de luta contra a doença, Aldir Mendes de Souza morre, aos 65 anos.
 
 O trabalho desenvolvido ao longo de décadas de produção conferem a ele figurar entre os grandes coloristas da arte contemporânea.
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 Exposições Individuais
 
 1965    Galeria do Teatro Arena - São Paulo
 1966    Galeria Artécnica - São        Paulo
 1970    Chelsea Galeria de Arte - São Paulo
 1971    Galeria do IBEU - Rio de Janeiro
 Fundação de Arte - São Caetano do Sul
 1972    Galeria do IBEU - Santos
 1973    Galeria Ipanema - São Paulo
 1975    Galeria Seta - São Paulo
 1976    Maison de France - Rio de Janeiro
 1977    Hotel Casa Grande / Simpósio Internacional do Café - Guarujá
 1978    Galeria de Arte Global - São Paulo
 1979    Museu de Arte do Paraná - Curitiba
 Galeria Oscar Seraphico - Brasília
 Galeria Sergio Milliet / FUNART - Rio de Janeiro
 1980    Galeria Projecta - São Paulo
 1981    Galeria Paulo Prado - São Paulo
 1982    Galeria de Arte Aplicada - São Paulo
 Museu de Arte Brasileira/FAAP - São Paulo
 1983    Cidade X Campo - Exposição Itinerante : Belo Horizonte, Marília,
 Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Curitiba
 1984    Museu de Arte Contemporânea " José Pancetti " - Campinas
 1985    Galeria Alberto Bonfiglioli - São Paulo
 1986    Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro
 Galeria Bonino - Rio de Janeiro
 Dan Galeria - São Paulo
 1987    Steiner Galeria de Arte - São Paulo
 1988    Galeria Montessanti - São Paulo
 Galeria Montessanti - Rio de Janeiro
 1990    Museu de Arte Contemporânea da USP - São Paulo
 Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro
 1991    Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro
 1992    Paço das Artes - 30 Anos de Pintura - São Paulo
 1993    Três exposições simultâneas - Campus da Universidade de São Paulo
 1994    Museu de Arte Brasileira da FAAP - São Paulo
 1995    Museu Nacional de Belas Artes
 1996    Pinacoteca Benedito Calixto - Santos
 1998    Renato Magalhães Gouveia - Escritório de Arte - São Paulo
 2001    Pinacoteca do Estado - São Paulo
 2003    MASP Centro
 Galeria de Arte Aplicada
 
 
 Exposições Individuais no Exterior
 
 
 1977    Brazilian American Cultural Institute - Washington - EUA
 Brazilian Trade Bureau - New York - EUA
 1985    Galeria Debret - Paris - França
 Sociedade Nacional de Belas Artes - Lisboa - Portugal
 Casa do Brasil - Madrid - Espanha
 Casa do Brasil - Roma - Itália
 1991    Galeria Studio Sposito - Napoli - Itália
 1992    Galeria La Seggiola - Salerno - Itália
 1993    Associazone Culturale Dedalos - San Savero - Itália
 1994    Centro Culturale LApprodo - Avelino - Itália
 Participou de dezenas de exposições coletivas, no Brasil e no Exterior, entre elas, as seguintes bienais:
 
 1966    I Bienal da Bahia - Salvador
 1967    IX Bienal Internacional de São Paulo
 1968    II Bienal da Bahia - Salvador
 1969    X Bienal Internacional de São Paulo
 1970    Pré-Bienal Nacional - São Paulo
 1971    XI Bienal Internacional de São Paulo
 I Bienal de Santos
 Arteônica - Exposição Internacional de Arte Eletrônica organizada por Waldemar Cordeiro -             FAAP
 1972    I Bienal Nacional - São Paulo
 1973    XII Bienal Internacional de São Paulo
 1976    II Bienal Nacional - São Paulo
 1977    XIV Bienal Internacional de São Paulo
 1978    I Bienal Ibero-Americana - México
 1982    III Bienal Ibero-Americana - México
 1986    V Bienal Ibero-Americana - México
 II Bienal de Havana - Cuba
 1991    Sincronias, MASP - São Paulo
 M.N.B.A. - Rio de Janeiro - Brasília
 Galeria la Seggiola - Salerno - Itália
 1992    Sincronias - Instituto Ítalo-Latino Americano - Roma - Itália
 1993    Feira de Ultramare di Bari - Itália
 
 
 Prêmios
 
 1966    1 Prêmio/Pintura - Salão de Arte Universitária - São Paulo
 1 Prêmio/Pintura - IX Salão de Arte de São Bernardo do Campo - SP
 Prêmio/ Estímulo/Conjunto de Obra - I Bienal da Bahia - Salvador
 Medalha de Prata, XV Salão Paulista de Arte Moderna
 1967    Medalha de Prata/Pintura - Salão Paulista de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul -             São Paulo
 Medalha de Prata/Pintura - XVI Salão Paulista de Arte Moderna - São Paulo
 1968    Referência Especial/Pintura - Salão Jovem de Arte Contemporânea - Campinas - São Paulo
 Prêmio Aquisição/Pintura - Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul
 Prêmio de Pesquisa/Objetos - Salão de Arte Contemporânea de Campinas
 1969    Prêmio Aquisição/Pintura - Salão de Arte de Santos
 1 Prêmio/Pintura - Salão de Arte do Paraná - Curitiba
 1970    Prêmio Aquisição/Pintura - Salão de Arte contemporânea de Santo André
 Prêmio Aquisição/Pesquisa Raio X - Salão de Arte de Belo Horizonte
 Prêmio Aquisição/Pesquisa Raio X - Jovem Arte Contemporânea - São Paulo
 Menção Honrosa/Pintura - Salão Paulista de Arte Contemporânea - São Paulo
 Menção Honrosa/Pintura - Salão de Arte Contemporânea - São Caetano do Sul
 1971    Menção Honrosa/Filme RaioX - Salão Luz e Movimento/ MAM - Rio de Janeiro
 1972    Prêmio Pesquisa/Múltiplos - Bienal Nacional - São Paulo
 1977    Prêmio Aquisição Itamaraty/Pintura - Bienal Internacional de São Paulo
 1978    Prêmio Aquisição/Pintura - Salão de Arte de Belo Horizonte
 1979    Prêmio Aquisição CAixa Economica Federal/Pintura - Salão de arte do Paraná-Curitiba
 1982    2 Prêmio/Pintura - Bienal Ibero-Americana - México
 1983    1 Prêmio/Pintura - Salão de Arte de Ribeirão Preto
 1991    Prêmio Alburni Comunitá - Montana - Itália
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 Participação em Instituições Culturais
 
 1971         Membro da Comissão Estadual de Artes Plásticas - São Paulo
 1984         Membro do Conselho de Arte da Pinacoteca do Estado de São Paulo
 Membro do Conselho do Centro Brasileiro de Projetos de Arte - São Paulo
 1986/87   Membro do conselho de Arte e Cultura da Bienal de São Paulo
 
 
 Participação em entidades de Classe
 
 1971        Tesoureiro da AIAP - Associação Internacional de Artistas Plásticos - Seção Brasileira
 1978        Vice-Presidente da AIAP - Seção Brasileira
 1982        Membro Fundador da Associação Profissional de Artistas Plásticos
 1983        Eleito Membro do Conselho Consultivo da APAP
 1984        Eleito Presidente da APAP
 1986        Reeleito Presidente da APAP por mais 2 anos
 
 
 Participação como Diretor de Cinema
 
 1970        Suícidio à Brasileira - Curta Metragem - 10 minutos - 35mm - Técnica de Cine Radiografia
 1971        Dança das Artérias   - Curta Metragem - 10 minutos - 35mm - Técnica de Cine Radiografia
 Certificado do INC
 1972        O Branco e o Preto Perdidos na Bienal com Destino ao Guarujá - Média Metragem
 30 minutos - 35mm - Câmera Jorge Bodansky e Hermano Penna
 1973        O Homem que Descobriu o Invisível - Produção Servicine - Longa Metragem -
 Exibição Comercial - Câmera Jorge Bodansky - 35mm - duração 1 hora e 30 minutos
 1974        O Trote dos Sádicos - Produção Servicine - Longa Metragem - Exibição Comercial
 Câmera Antônio Meliante - 35mm - Duração 1 hora e 30 min.
 
 
 Vídeos Realizados sobre sua Obra
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 1987       Aldir Paisagem Contemporânea de Olívio Tavares de Araújo
 1997       Poetas do Espaço e da Cor de Olívio Tavares de Araújo
 2001       Pintura para Pisar de Aldir Mendes de Souza
 
 
 
 Livros Publicados sobre sua Obra
 (mais detalhes sobre os livros clique aqui)
 
 1982        Aldir - Geometria da Cor, de Alberto Beuttenmuller.  Edição Arte Aplicada
 1983        Críticos X Artistas, de Alberto Beuttenmuller. Edição Arte Aplicada
 1989        3 Coloristas - "Volpi, Ianelli, Aldir", de alberto Beuttenmuller. Editora IOB
 1991        Geometrie Parlanti, de Haroldo de Campos e Mario Truffeli. Editora La Seggiola, Salerno,
 Itália.
 1992        Poetas do Espaço, Edição Arte Aplicada
 2003        Obsessão pela Cor, textos de Olívio Tavares de Araújo e Frederico de Moraes.
 Ed.Universitária Lisboa - Portugal.
 
 
 Bibliografia
 
 Dicionário de Artes Plásticas no Brasil - Roberto Pontual - Ed.Civilização Brasileira, Rio,1974
 
 Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos - Carlos Cavalcanti - Ed. Instituto Nacional do Livro, MEC, 1973
 
 Dicionário de Artistas Plásticos - Walmir Ayala - Ed. Spala
 
 Dicionário Crítico da Pintura no Brasil - José Roberto Teixeira Leite - Ed.Artlivre Ltda.
 
 Tradição e Ruptura - Fundação Bienal de São Paulo - 1984
 
 Artes Plásticas / Seu Mercado. Seus Leilões - Júlio Louzada - 1988
 
 Brazilianart I, II e III - Ed. Jardim Contemporâneo
 
 O Brasil na Visão do Artista - Frederico de Moraes - Ed. Prêmio - 2001
 
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