Artista Lelio Coluccini - Lelio Colucini - Coluccini
Biografia Lelio Coluccini (Valdicastello, 3 de dezembro de 1910 - 24 de julho de1983) foi um escultor ítalo-brasileiro.

Nasceu em três de dezembro de 1910, na região da Toscana, na Itália.
Veio para o Brasil quando tinha dois anos de idade. A princípio, a família de artesãos do mármore se estabeleceu na cidade de São Paulo, mas logo mudaram-se para Campinas onde fundaram a Marmoraria Irmãos Coluccini.

Aos sete anos, Lelio já gostava de brincar de fazer esculturas e aos nove realizou sua primeira escultura em argila: uma cabeça de Cristo.
Voltou para a Itália, em 1924, para aprimorar seus estudos em Artes Plásticas.

Retornou ao Brasil em 1931 e montou um Ateliê na sede da Marmoraria Irmãos Coluccini.
Logo depois, já com três significantes trabalhos, realizou uma mostra na Casa Genoud, em Campinas-SP.

Mudou-se para São Paulo, em 1937, e casou-se com Luísa Ippoliti, mãe de sua filha Maria Helena. Dez anos depois, já separado, retornou a Campinas.
Em 1954, casou-se com Conceição Freire com quem teve o filho Alfredo Lelio.


O ESCULTOR

Lelio Coluccini, o escultor

Nasceu na Itália em 3/Dez/1910, numa pequena cidade que é província de Lucca, hoje conhecida como Valdicastello - Carducci, em 1912 chegou ao Brasil acompanhado de seus familiares e estabeleceram-se em São Paulo e posteriormente vieram para Campinas. Família típica de artesões do mármore, razão esta que seu pai e seus irmãos fundaram a Marmoraria Irmãos Coluccini. Tradicionalmente as famílias italianas costumavam ensinar aos seus filhos todos os segredos da profissão, desse modo, Lelio começou bem cedo trabalhando de ajudante na Marmoraria e iniciou-se estudando desenho com a professora Theresa Marcilio na Loja Maçônica Independente. Aos sete anos de idade brincava de fazer escultura, e com nove anos, fez um belo trabalho em argila, uma cabeça de Cristo, seu pai entusiasmado com a habilidade que o pequeno Lelio demonstrava e também com a crítica feita à obra por um artista renomado, resolve retornar Lelio em 1924 para Itália afim de dar continuidade aos estudos das artes plásticas. De volta à terra natal e morando com sua avó, a nona Teresa, Lelio passou a estudar no Instituto d Arti Stagio Stagi em Pietrasanta, cidade próxima a Valdicastello. Em 1927, seu pai expôs na vitrine da loja Ao Ponto, na rua Barão de Jaguara em Campinas, os desenhos religiosos e místicos de Lelio, pois ainda encontrava-se na Itália, tratava-se de um trabalho premiado no qual ele ganhou o Diploma de Honra no concurso daquele instituto. Estudou também na Accademia d Arti di Carrara, onde teve a oportunidade de conhecer conceituados mestres da estatuária italiana da época e receber as valiosas orientações de escultores famosos como Antonio Bozzano e Leone Tommasi. Em 1929 recebeu da Accademia di Bele Arti di Pietrasanta o primeiro prêmio e a medalha de ouro, referente à obra chamada Studio Anatomico e por este mérito ganhou do governo italiano uma viagem a Roma. Retornou ao Brasil em 1931 e montaram seu atelier na sede da Marmoraria Irmãos Coluccini, onde pouco tempo depois fez uma pequena mostra de 3 trabalhos na vitrine da Casa Genoud em Campinas, dos quais destacam-se: o busto do capitalista de Limeira Trajano Bento, Medalhão do Sr.Luiz de Tullio e um estudo em crayon de um Cristo. Em 1937 muda-se para São Paulo onde se casa, nesse período, entre 1937 a 1947, trabalhou com vários materiais como o mármore, o granito, a terra-cota e o gesso e desenvolveu novas técnicas de pátinas, as quais resultaram em acabamentos primorosos, valorizando ainda mais seu trabalho de escultor e realçando seu estilo pessoal. Lelio Coluccini contribuiu desta forma para inovar o Modernismo no Brasil com acentos de Art-Dèco. Em 1936 na biblioteca do Centro de Ciências Letras e Artes realizou a primeira exposição oficial composta por 35 obras. Em São Paulo fez uma exposição em 12/Jun/1944 na Galeria do Salão Rudah, situada na Avenida Ipiranga que contava com 40 trabalhos, em 1947 desquita-se e volta a morar em Campinas, em 1950 realiza uma grandiosa exposição com 52 trabalhos no Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro onde um fato curioso ocorreu, pois a data de abertura da mencionada exposição coincidiu com o dia seguinte em que a Seleção Brasileira de Futebol havia perdido o Título Mundial perante a Seleção do Uruguai... resultado, a galeria ficou vazia... e Lelio decepcionado...Entre 1947 a 1951, Lelio mantém contato com artistas do Rio, onde se encontra o chamado Grupo Moderno do Brasil, com Portinari encabeçando posição perante a frente dos ditos Acadêmicos. Casa-se novamente em 1954, e passa a ser professor de desenho na Escola Gabriele DAnnunzio, no Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro e também no Centro de Ciências Letras e Artes. Entre 1954 a 1964, Lelio passa por uma fase de grande desenvolvimento escultórico destacando-se os seus traços típicos de esculpir.Foi agraciado em 1961 com o Título de Cidadão Campineiro pelo seu destaque como escultor quando elevou o nome de Campinas às Galerias de Belas Artes. Em 1962 promove uma grandiosa exposição individual no Teatro Municipal Carlos Gomes onde Lelio conseguiu reunir 43 estátuas que caracterizavam sua habilidade em manipular diversas matérias-primas. Em 1964 recebeu o Diploma da Ordem dos Cavalheiros Honorários de Campinas, juntamente com o troféu Carlos Gomes. O Cemitério da Saudade de Campinas é um verdadeiro acervo público, onde obras do Escultor Lelio Coluccini e muitos outros artistas transformaram-se numa Galeria de Belas Artes ao ar livre. As praças e os jardins e outros logradouros públicos de Campinas já se acostumaram a compor suas arquiteturas com bustos e monumentos de Lelio Coluccini. O seu último trabalho foi a Águia da Academia Campinense de Letras feito em 1975.

Alguns dos monumentos mais importantes de Campinas são:

As Andorinhas, Ao Bicentenário, Aos Imigrantes (em Sousas), Ao presidente Kennedy, as placas do Forum e a Santa Ceia (altar da Igreja do Carmo).

Na cidade de São Paulo outros monumentos destacam-se como:

A Música, Das Bonecas e Diana a caçadora.

A escultura Leda foi adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo por tratar-se de uma obra premiada.Coluccini também participou do concurso internacional Monumento às Mães e seu projeto foi classificado em terceiro lugar.

Artista plástico de fama internacional fez seu nome no Brasil, onde até naturalizou-se, e contribui e muito com seu trabalho, apesar de ser um homem muito modesto que sempre dizia: sou um simples escultor, só isso sei fazer... e fez e muito para a cidade de Campinas, onde faleceu em 24/jul/1983.



PREMIAÇÕES


Premiações e exposições no Brasil entre 1932 a 1974 em várias cidades do interior de SP:

1932/1933 - Feira de Arte da Cidade de Campinas (Ouro)
1941 - Salão Paulista de Belas Artes (Prata)
1942 - Oitavo Salão Paulista de Belas Artes (Prata)
1945 - Terceiro Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
1947 - Salão Nacional de Belas Artes de São Paulo (Ouro)
1948 - Salão de Belas Artes do Rio de Janeiro (Bronze)
1949 - Sexto Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
1950 - Exposição individual no Rio de Janeiro (Copacabana Palace)
- Salão Nacional de Belas Artes (Prata)
- Sétimo Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
1951 - Sexto Salão Paulista de Belas Artes (Ouro)
- Oitavo Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
1952 - Nono Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
- Prêmio Governador do Estado de São Paulo
- Primeiro Salão Rio Pardense de Belas Artes (Ouro)
1953 - Décimo Salão de Belas Artes de Campinas (Ouro)
1954 - Décimo Nono Salão Paulista de Belas Artes
1955 - Décimo Primeiro Salão de Belas Artes de Campinas
- Décimo Segundo Salão de Belas Artes de Campinas
- Quarto Salão Paulista de Arte Moderna (Prata)
1956 - Vigésimo Salão Paulista de Belas Artes
- Salão de Belas Artes de Campinas
1957 - Vigésimo Primeiro Salão Paulista de Belas Artes
1959 - Vigésimo Quarto Salão Paulista de Belas Artes
1960 - Vigésimo Quinto Salão Paulista de Belas Artes (Ouro)
1961 - Vigésimo Sexto Salão Paulista de Belas Artes
1962 - Exposição individual no Teatro Carlos Gomes em Campinas
1964 - Oitavo Salão Oficial de Belas Artes de Bauru (Prata)
- Prêmio Governador do Estado de São Paulo
- Vigésimo Nono Salão Paulista de Belas Artes
1967 - Trigésimo Segundo Salão Paulista de Belas Artes
1970 - Décimo Oitavo Salão de Belas Artes de Piracicaba
1971 - Décimo Segundo Salão Oficial de Belas Artes de Santos (Prata)
- Exposição individual e retrospectiva na cidade de Santos
- Terceiro lugar no Concurso Internacional Monumento às Mães
1974 - Prêmio Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo


Fonte http://leliocoluccini.hd1.com.br

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