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Artista Massimo Campigli
Biografia Campigli, Massimo
Florença, Itália, 1895
Saint-Tropez, França, 1971


Pintor, ilustrador e gravador, trabalha como jornalista em Paris, após a Primeira Guerra Mundial, como correspondente do jornal Corriera della Sera. Autodidata, suas primeiras obras sofrem forte influência da fase neoclássica de Picasso. Encanta-se pela arte do Egito antigo que conhece no Museu do Louvre e em várias mostras etnográficas; essa inclinação pelo arcaico imaginário do mundo mediterrâneo e pelos arquétipos femininos torna-se a marca que o singulariza como pintor.
Sua obra revela uma busca por um alfabeto de signos simplificados, na qual não faz concessões aos movimentos abstracionistas em voga no segundo pós-guerra. Suas pinturas, muitas vezes, parecem afrescos antigos, composições hieráticas sobre superfícies texturizadas. Criando uma atmosfera atemporal, suas obras transmitem serenidade, paz e silêncio. As últimas figuras femininas pintadas por Campligli, nos anos 60, parecem saídas de recintos sagrados, solitários e distantes: a mulher ídolo.
O tempo do sonho é o título da uma grande exposição retrospectiva da obra de Campligli, realizada em fins de 2001, no Museo della Permanente, em Milão. No extenso catálogo publicado na ocasião, ele é citado afirmando: "Eu constantemente tenho a ilusão de uma memória atávica, eu sinto reviver em mim o troglodita, (...) o escravo e o mágico."
Em 1928, participa, pela primeira vez, da Bienal de Veneza e, a partir do ano seguinte, expõe várias vezes com os artistas italianos do grupo do Novecento, que acreditam nos valores da ordem e da tradição. "As minhas mulheres pintadas em 1928 pareciam ânforas redondas e sonoras e, 20 anos depois, eram planas e geométricas".

Gabriela Suzana Wilder/Mac


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