Ver todas as obras de Willi Baumeister

Artista Willi Baumeister
Biografia Baumeister, Willi
Stuttgart, Alemanha, 1889
Stuttgart, Alemanha, 1955


À margem da Estética expressionista alemã, que exerceu grande influência entre os artistas germânicos, Baumeister desenvolveu um trabalho artístico, caracterizado por uma visão holística no campo das artes, restrita aos elementos da cultura européia, mas voltada à confluência das primitivas artes africana e americana e às influências do Neoplasticismo e do Construtivismo. Estudante da Academia de Belas-Artes de Stuttgart, conviveu com Otto Mayer Amden e Oscar Schlemmer, experienciou o universo da Bauhaus; e posteriormente, em Paris, usufrui da amizade de Fernand Léger, Joan Miró e Le Corbusier.
Em 1912, expõe pela primeira vez em Paris, obras marcadamente influenciadas pela Estética cubista e neo-impressionista; neste momento, Baumeister concebia que a utilização de formas cubistas e simplificadas poderiam levar seus trabalhos à ponderação entre a pintura e a arquitetura. Mas seria ao longo da década seguinte que o seu estilo impar de criação plástica se configuraria, com a inauguração de novas técnicas; na pintura com textura de areia, imitando paredes, as chamadas pinturas murais.
Em 1928, passa a lecionar na Academia de Frankfurt, e posteriormente na Bauhaus. Na década de 1930, junto a Jean Arp, Sophie Tauerber Arp e outros, participa nas criações dos Grupo "Cercle et Carre" (Círculo Quadrado) e "Abstraction Criation"(Abstração-Criação). Com o nazismo, na Alemanha, em 1933, e com o início das perseguições, muitas das obras de Baumeister seriam queimadas ou confiscadas dos museus, além de o artista sofrer a perda de seu cargo na Escola de Frankfurt.
No final da década de 1940, voltou a lecionar na Escola de Belas-Artes de Stuttgart, exercendo grande influência no Renascimento artístico alemão, como precursor do Abstracionismo nesse país. A utilização de signos pictóricos, gerados a partir do inconsciente e do estudo de Arqueologia - evocando culturas pré-históricas e primitivas americanas e africanas, assume um lugar de destaque em sua pintura, análoga às experimentações de Paul Klee, Joan Miró e Pablo Picasso. No início da década de 1950, apresenta uma série de pinturas, em que se destacam as grandes superfícies negras, chamadas de Montaru, e posteriormente as grande superfícies brancas, batizadas de Montari. A obra de Willi Baumeister esteve próxima a arte de outros artistas de sua época, mas com características particulares: não assumiu métodos sistemáticos de composição nos seus trabalhos, flexibilizou os elementos "novos" e "velhos", representando uma constante evolução, criatividade e originalidade em sua obra; em conexão com o surrealismo de Miró e Masson.

Daisy Peccinini/Mac


Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.