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Artista Pierre Alechinsky
Biografia Alechinsky, Pierre
Bruxelas, Bélgica, 1927
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Pintor e gravador, Pierre Alechinsky participou, aos 20 anos, do grupo Jovem Pintura Belga; em 1949, em Paris, tornou-se membro do Grupo CoBrA (Grupo poético surrealista), assumindo a organização das exposições e da revista. Marcada pela espontaneidade, sua obra caminha pela abstração e pelas múltiplas formas de explorar a criatividade. Como artista emergente no contexto do pós-Segunda Guerra, sua arte expressa vontade de transformação e experimentação de novas saídas para um mundo arruinado.
Sua formação artística deu-se em Bruxelas na Ecole National Supérieure d`Architeture et des Arts Décoratifs, voltada para ilustrações de livros e tipografia. Suas obras obedecem a um estilo vigoroso e espontâneo, marcadas pelo gesto, verdadeiros desenhos feitos com tinta a óleo sobre as telas, definindo estranhas criaturas - animais e pessoas . Como participante do CoBra é representante da vertente neo-surrealista do pós-guerra, sempre próximo a A. Breton, de quem se aproximou por meio de M. Ernst em 1947.
Com a dispersão do grupo CoBrA, após 1951, estabelece-se em Paris, onde estudou gravura, com Stanley Hayter, e caligrafia japonesa. Em 1954, aprende a técnica da caligrafia chinesa com o mestre W. Ting. Viaja ao Extremo Oriente em 1955, entrando em contato com calígrafos japoneses de Kyoto. Como resultado de suas experiências, realiza o filme Calligraphie Japonnaise, ganhando menção honrosa no Festival de Tókio, em 1957. No ano seguinte, participa de outro filme, sobre litografia, com Apple e Ting, e em 1959, da 7ª Bienal de São Paulo.
Em 1964, interessa-se pela nova técnica da pintura acrílica e seus feitos aguados ou aquarelados, que acentuam o acaso e a espontaneidade. De seu imaginário jorra um universo pessoal e cheio de fantasias, natureza plena de estranhos seres vegetais, animais e humanos. Dá uma dinâmica narrativa através de historietas, situações anedóticas. Nesse sentido o artista passa da palavra ao desenho, e vice-versa, nas composições. Com liberdade, utiliza múltiplos recursos, a linha, a mancha, em sobreposições e deslocamentos, transgredindo as categorias de linguagens, com antecipação à pós-modernidade. Sua pintura decorre das atividades desenvolvidas na gráfica e na caligrafia, bem como de um temperamento nórdico e expressionista.
Bastante divulgada, sua obra através de exposições na Europa, Estados Unidos e Brasil, foi alvo de uma sala especial na 24ª Bienal de São Paulo em 1999. Alechinsky permanece como um dos mais agressivos pintores expressionistas de nosso tempo .

Daisy Peccinini
Carolina Amaral de Aguiar

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