Alfredo Andersen

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Artista Alfredo Andersen
Biografia ANDERSEN, Alfredo
(1860, Christiansand, sul da Noruega - 1935, Curitiba, PR)

Estudou na Itália e, de volta a Noruega, freqüentou o ateliê de Wilhelm Krogh na Academia Christiania (atual Oslo), supõe-se que entre os anos de 1874 e 1877. Inicialmente, trabalhou como decorador, cenógrafo e pintor de terracota. De 1878 a 1883 estudou na Academia Real de Belas Artes de Copenhague (Dinamarca). Realizou suas primeiras exposições em Oslo (de 1884 a 1891) e em Copenhague (1888). Na qualidade de crítico de arte, em 1889 viajou para Paris, onde logo se tornou um dos artistas mais destacados da época. A partir de 1891, viajou pela Europa, Estados Unidos, África, Índia, México e América do Sul. Chegou ao Brasil pela cidade paraibana de Cabedelo, tendo fixado o Porto de Cabedelo numa marinha de 1892. Posteriormente, em nova viagem, partiu da Inglaterra com destino a Buenos Aires num navio capitaneado pelo pai. Abandonou-o no porto de Paranaguá, onde morou aproximadamente dez anos, antes de se transferir definitivamente para Curitiba. Fundador de uma escola particular de desenho e pintura, em Curitiba foi ainda professor da Escola Alemã, do Colégio Paranaense e da Escola de Artes e Indústrias. Exposições de sua obra foram realizadas em Curitiba, São Paulo (Pinacoteca do Estado, 1981) e Rio de Janeiro (MNBA, 1984). Em 1994, em Curitiba, o museu que leva seu nome realizou a mostra Andersen Retrata Nossa História. São fonte obrigatória de consulta sobre o artista as pesquisas realizadas pela historiadora Adalice Araújo, a maior parte delas reproduzidas em catálogos e revistas.

Referências: Andersen: pai da pintura paranaense (Genauro de Carvalho, 1939), de Carlos Rubens; O acontecimento Andersen (Mundial, 1960), de Valfrido Piloto; Textura: Alfredo Andersen (Curitiba, 1980); História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; 100 obras Itaú (MASP, 1985); Alfredo Andersen: caderno de artes plásticas n. 1 (Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, 1988); 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; 50 anos do Salão Paranaense de Belas Artes (Secretaria de Estado da Cultura/Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1995), de Maria José Justino.

fonte : Bolsa de Arte do Rio de Janeiro março/2007

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ALFREDO ANDERSEN
( Alfred-Emil Andersen )
Christianssand, Noruega, 03/11/1860
Curitiba/PR, Brasil, 09/08/1935
Pintor, desenhista e professor..
Assinava ALFREDO ANDERSEN.
Nota Biográfica
Filho do capitão da marinha mercante Tobias Andersen e de Hanna Carine Andersen, tinha quatro irmãs: Hanna, Charlotte, Amalye e Othilie. Em 1872, com apenas 12 anos, já desenha com desenvoltura. Em 1873, aos treze anos, pinta aquela que se supõe seja a sua primeira tela, intitulada Akt. Chamado para fazer o retrato de uma jovem enferma, sente que lhe nasce o amor pela arte do pincel. Os pais pretendem que ele seja um construtor naval e o matriculam no curso de engenharia, que ele freqüenta sem entusiasmo. O reitor da escola de engenharia o aconselha a dedicar-se à pintura. Viajando na embarcação capitaneada por seu pai, 1874 está na Itália, onde, impressionado com a riqueza artística do país, entra em contato com as grandes obras de arte do Renascimento, o que deve ter contribuído para a decisão do jovem de seguir a carreira artística. Todavia, impossibilitado de ingressar em alguma academia de arte italiana, retorna à Noruega. Animado, o artista reúne vários desenhos e os envia para o reputado cenógrafo e pintor-decorador Wilhem Krogh, conhecido pintor, ceramista, cenógrafo e decorador em Christiania (atual Oslo), pedindo-se que o admita como discípulo. Assim, entre 1874 a 1877, estuda com Krogh, que o considera um jovem de excepcional talento. Andersen trabalha com o mestre, como assistente, por um longo período. Com autorização do pai, inicia curso de Artes Plásticas na Academia de Kristiansand, freqüentado em 1877 e 1879, onde estuda com o mesmo Wilhem Krogh. Com dezoito anos transfere-se para a Dinamarca, onde recebe estuda com o retratista Carl A. Andersen, assistente da Academia Real de Belas-Artes de Copenhagen e professor da Escola Técnica, que o prepara para os exames de admissão à Academia Real. É admitido na Academia em 1879 passando, entre 1881 e 1883, a também lecionar Desenho Livre na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl, dirigida pelo professor Tejlemann. Recebe elogios pelos métodos livres empregados no ensino elementar, em que abolia o exercício de cópia para introduzir o modelo vivo. Sua carreira, a partir de então, alcança rápida progressão, passando a exercer atividades não só de pintor, como de cenógrafo e decorador. Tem uma longa e proveitosa convivência com Peter Eleifson, quando da passagem do pintor pela Escandinávia, quando enriquece seu trabalho de pesquisa e intensifica suas tarefas de atelier. Permanece na Academia Real de Belas-Artes de Copenhagen até 1883, quando, insatisfeito com a sistemática de ensino na escola, abandona o curso, retornando a Christiania (atual Oslo) onde, em 1884, apresenta sua primeira e bem sucedida mostra individual. Andersen, que também é apaixonado por música e arte dramática, toca flauta e participa de um conjunto de canto coral. Chega a fundar uma sociedade voltada para o teatro, cujos lucros eram revertidos para pessoas carentes. Depois de participar ativamente da vida cultural de Oslo entre 1885 e 1891, e sentindo muita saudade, retorna a Kristiansand, assumindo posição de liderança no meio artístico da cidade. Colabora na imprensa com matérias de impacto, chegando a envolver-se na política partidária. Faz produtivos contatos com o pintor Olay Isaachen, em Setesdalen, quando pinta telas com temática local. Nesse meio tempo, em 1888, apresenta individual em Copenhagen, com boa aceitação da crítica. Em 1889 é enviado à França como crítico de arte, a fim de fazer a cobertura do Salão de Paris. Nessa ocasião, vende vários quadros em Paris e sua tela Luar do Mar é adquirida para a coleção do rei Oscar II, da União Sueco-Norueguesa. Mas retorna imediatamente à Kristiansand para dar conta de recentes encomendas de retratos. Participa com êxito em exposições até 1890. Na capital inglesa, entretanto, soube que Kristiansand fora destruída por um incêndio; tenta retornar à pátria; a caminho, na Holanda, fica sabendo que seu ateliê se salvara, mas segue viagem para saber dos pais. Permanece em Kristiansand até 1891, lecionando Desenho livre na Escola Theilmann, introduzindo métodos didáticos inovadores, forçando os alunos a abandonarem o processo habitual de cópia de estampas e partirem para as sessões de Modelo Vivo. Seu talento pode ser aquilatado pelo Retrato de Knut Hamsun, escritor norueguês, Prêmio Nobel de Literatura de 1920 e seu amigo pessoal, que o governo da Noruega, mais tarde, adquiriria para sua Galeria Nacional. O fato de ser amante da liberdade e adepto da integração do homem à natureza o aproxima do famoso escritor Knut Hamsun, autor de A Fome, que defende os mesmo ideais. Andersen retrata o amigo em 1891, dando início, a partir daí, a uma série de portraits, segundo ele, de caráter mais subjetivo. O Retrato de Knut Hamsun, anos mais tarde, seria adquirido pelo comerciante norueguês H. S. Sigmond no Rio de Janeiro/RJ, que o doaria, por volta de 1930, à Galeria Nacional da Noruega. Vai para a Inglaterra, a fim de aperfeiçoar-se na técnica do Retrato. Toma conhecimento, então, que sua cidade fora quase totalmente destruída por um violento incêndio. Já na Holanda, fica sabendo que seu atelier se salvara. Em 1892, este artista jovem, mas profissionalmente maduro aos 32 anos, impedido por suas convicções religiosas de lecionar desenho na Escola Matriz, volta a empreender outra longa viagem a partir de Kristiansand, em navio capitaneado por seu pai, por México e Antilhas, cuja etapa final seria a África do Sul. Na costa brasileira, o barco faz escala no porto de Cabedelo, no Estado da Paraíba, onde pinta sua célebre tela Porto de Cabedello. Continuando a viagem para o sul, percorre quase todo o litoral do Brasil no pequeno veleiro que conduz ferro e carvão, gastando mais de 60 dias nessa viagem. Entretanto, um forte temporal provoca avarias no mastro da embarcação, obrigando-o a aportar em Paranaguá/PR. Ainda hoje persiste um certo clima de mistério no fato de o artista - cujo nome já se projetava na Europa, onde deixara amigos, admiradores e familiares - ter tomado a decisão de permanecer nesse então primitivo porto brasileiro, em uma terra, para ele, inteiramente estranha e de duvidosas perspectivas profissionais. Mesmo assim, Andersen decide ali passar alguns meses, para, depois, seguir com o tour. Desconhecendo completamente a língua do país, recebe ajuda do Sr. Hartog, um holandês poliglota que falava inclusive norueguês e que ensina português ao artista e o hospeda durante cerca de seis meses. Andersen pinta o retrato de seu hospedeiro, que viria a ser o primeiro trabalho, por encomenda, produzido no Brasil. Em Paranaguá, também, pinta um delicado friso na sala de jantar da família Veiga, tendo Baco por tema, e um conjunto de dezenas de anjos portando frutos, flores e frutos do mar, obra essa desaparecida com a demolição do prédio, permanecendo apenas seu registro fotográfico. Conhece Anna de Oliveira, uma jovem 25 anos mais moça, descendente de índios Carijós. Resolve, então, radicar-se definitivamente, estabelecendo-se, a princípio, numa localidade denominada Porto D. Pedro II, em Paranaguá, onde permaneceria por cinco anos. Do relacionamento nasceriam quatro filhos: Anna Elfrida (1902), Thorstein (1905), Alfredo Jr. (1909) e Alzira Odília (1914). Na cidade portuária, Andersen desenha e pinta principalmente paisagens do litoral e retratos; também aí, começa a ensinar arte. Muitos dos trabalhos da produção artística de Andersen dessa época não puderam ser resgatados por terem sido trocados por mercadorias com a tripulação dos barcos que faziam escala no porto. Utilizando-se da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, a partir de 1893 faz algumas visitas à capital do Estado. Em 1917, Andersen declararia ao jornal Diário da Tarde: "Em 1893, visitei em Curitiba a Escola de Artes e Indústrias dirigida pelo Sr. Mariano de Lima, e fiquei impressionado. Encontrei as diferentes classes cheias de alunos, crianças, moças, rapazes e homens, todos trabalhando na melhor ordem. A breve visita fez de mim um admirador desse Estado progressista". Entre seus amigos, destaca-se a figura do engenheiro Rodolfo Lange, que muito o incentiva; o pintor chega a hospedar-se por algum tempo com a família do engenheiro na Casa do Ipiranga, localizada na Serra do Mar, entre os quilômetros 71 e 72 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá. O filho do engenheiro, o biólogo Frederico Lange de Morretes, seria aluno do artista entre 1907 e 1910, tornando-se um dos grandes paisagistas paranaenses. Nesse mesmo 1893, apresenta a primeira individual de um artista plástico na cidade de Curitiba/PR e sua primeira no Brasil. Andersen transfere-se com a família para Curitiba/PR em 1902, por sugestão do engenheiro Lange. Logo é contratado para pintar retratos de membros da família Cerjat. A pedido do amigo João Eugênio Marques começa a dar aulas particulares de desenho e pintura. Nesse ano, divide um estúdio na Rua Marechal Deodoro com Adolpho Volk, primeiro fotógrafo de Curitiba, ocasião em que trabalha pintando cenários para fotografias e colorindo fotos, sendo, ele mesmo, um entusiasta da fotografia. É dessa época a belíssima série de fotos das Rutenas, coloridas pelo artista, e a vista panorâmica de Curitiba, hoje pertencentes ao Museu Paranaense. Volk, ao transferir seu estúdio para novas dependências na rua XV de Novembro, cede o prédio da Marechal Deodoro para que Andersen instale o seu primeiro atelier na cidade. Nesse ateliê ficaria por 15 anos. A primeira exposição de Andersen no país foi realizada em 1902, na Associação Curitibana de Empregados no Comércio, tendo sido ele o primeiro artista estrangeiro a expor individual em Curitiba. Na ausência de galerias e de um mercado profissional de arte na cidade, Andersen, que tem compreensão e sensibilidade de se integrar a vida social e cultural da cidade, cria, em 1903, em seu atelier, um espaço específico para a comercialização de suas obras. Inicia, então, um esquema revolucionário na época para a aquisição de pinturas: uma espécie de consórcio denominado ação entre amigos, que permite parcelamento de pagamento e sorteio mensal de uma obra. Em 1908, apresenta sua primeira exposição de pintura no Rio de Janeiro. Em 1910, como recoinhecimento do seu prestígio, Andersen executa projeto para o brasão do Estado do Paraná, desenho que foi anexado à Lei nº 904 de 21 de março de 1910. O brasão foi modificado várias vezes, mas a figura do ceifador, idealizada pelo pintor, continua presente até a última alteração, em 1990. Mais tarde, transfere o ateliê-residência para a Rua Conselheiro Carrão, número 336 (atual rua Mateus Leme), no qual permaneceria até o fim de seus dias. A pedido do amigo João Eugênio Marques, aceita alguns alunos. Como estava sendo muito procurado, acaba fundando sua própria Academia de Desenho e Pintura, isto além de lecionar Desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Sobre este momento, escreveria Coelho Júnior, na respeitada revista curitibana Ilustração Paranaense, edição de 31 de maio de 1930: "Decerto que, para os paranaenses, esse fato valeu mais do que se tivesse ali desembarcado mil imigrantes, dos que vêm plantar e colher a riqueza da terra virgem e se tornarem grandes senhores - o desembarque de um só viria a lançar a semente melhor de cultura, alguma coisa superior para a elevada formação intelectual do Estado. Alfredo Andersen, primoroso pintor e retratista, insigne em qualquer parte do mundo, é dessas preciosidades humanas que orgulham a inteligência e honram o meio onde vivem. É desses nomes que acompanham uma nacionalidade, ilustrando-a, como afirmação magnífica de talento e exemplo brilhante de tenacidade. Pouco se fala, pouco se diz, pouco se faz por Alfredo Andersen, infelizmente para nós, o que, todavia, não o impede de produzir e nos enriquecer. Em qualquer parte, qualquer pinta-monos medíocre se enche de admiradores e de dinheiro. Aqui, na nossa linda cidade sorriso, um grande pintor que aqui dedicou toda a sua vida utilíssima, que aqui constituiu família, não conseguiu sequer uma casa onde tenha definitiva a sua tenda de trabalho. Isso na terra dos pinheiros que ele glorificou com seus pincéis de mestre. Em outro qualquer lugar, onde maior fosse a visão de futuro e em melhor apreço se tivesse a cultura dum povo, já estaria há muito Andersen à frente de uma valiosa Academia. aqui não. Têm sido dos seus ateliês provisórios, à custa de seus esforços e do seu amor por nossa terra, que ele conseguiu legar ao Paraná a mais elevada cultura pictural. Basta que citemos os nossos patrícios D. Amélia dAssumpção, Chelfi, Lange de Morretes, Gustavo Kopp, Aníbal Schleder, De Bona, etc. E é este o seu grande título de glória, glória do Paraná. Alfredo Andersen fica como um marco de grande relevo e vasta projeção na formação cultural do Novo Mundo. E o Paraná, a terra feliz a quem o destino um dia trouxe das costas escandinavas um idealista de proporções de gigante e que, na sua arte, intimamente ligada a nós, é um valor de imensa repercussão pela estrada que havemos de percorrer; em demanda do progresso e da civilização de nossa terra e de nossa gente". Embora o Paraná tenha formado muitos outros mestres, só a ele é atribuído o cognome Pai da Pintura Paranaense, porque é o único pintor a deixar sementes de sua arte na pessoa de seus discípulos, além da semente maior, que é a Escola de Música e Belas-Artes do Paraná, sonho dourado de Andersen, que não vive para vê-lo concretizado. João Osório Bueno Brzezinski, Diretor da então Casa de Alfredo Andersen, ensina que, ironicamente, o Paraná, a quem Andersen tudo deu, provoca uma regressão em sua tendência artística. Ao deixar a Noruega, ele era praticamente um vanguardista: a escola Naturalista que ele praticava estava em voga num momento em que o Impressionismo ainda engatinhava na França, sendo, portanto, desconhecido em seu país natal. Esse naturalismo privilegia apenas os paranaenses, que recebem uma segura orientação em sua própria casa, enquanto artistas de outros Estados têm que ir para a Europa, se quiserem saber das novidades para escapar do ranço da Missão Francesa que ainda ecoava na Escola Nacional de Belas-Artes. Afastado do resto do mundo, vai perdendo contato com as progressivas evoluções por que passariam as artes. Mesmo assim ilhado, consegue produzir uma obra digna, com lampejos de arrojo, como em sua tela Rocio, hoje no acervo no Museu de Arte de São Paulo - Assis Chateaubriand, obra despojada, um belo estudo em cinzas e rosas, importante se considerarmos a época de sua execução, anterior a Semana de Arte Moderna. Em 1909 começa a lecionar e dirigir as recém criadas aulas noturnas na Escola de Belas Artes e Indústrias. Em 1916, festejado em excelentes artigos do consagrado poeta paranaense Silveira Netto e merecendo louvação do eminente crítico de arte M. Nogueira da Silva, apresenta-se na XXIII Exposição Geral de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ, expondo o Retrato do Major J. Muricy, que conquista a Menção Honrosa do júri. Em setembro de 1918, expõe com grande sucesso na Galeria Jorge no Rio de Janeiro/RJ. Em 1927, retorna ao Rio de Janeiro/RJ, para desincumbir-se de encomendas de retratos, ocasião em que consegue facilidades para viajar à Noruega, graças ao apoio de dirigentes da Cia. Fiat Lux. Vicente Machado, Presidente da Província do Paraná, assustado com a pretendida visita de Andersen à Noruega e com medo de que não retornasse, chega a prometer-lhe a criação de uma Escola Oficial de Arte na cidade, a ser dirigida pelo mestre. Apela para o sentimento de solidariedade do artista, afirmando que a permanência do mesmo é de fundamental importância para ajudá-lo na educação do povo paranaense. Além disso, lhe promete encomenda de uma galeria inteira de retratos de todos os Presidentes da então Província do Paraná. Nesse mesmo ano, então, o artista viaja à Noruega, onde expõe com sucesso, mas recusa a direção de uma nova Escola no país, porque se sente demasiadamente enraizado no Brasil. Traz da Noruega inúmeras telas pintadas na mocidade, entre as quais o primoroso Retrato do grande escritor Knut Hamsun e Os curtidores de couros. Nessa estada na Noruega, percebe o quanto evoluiu a pintura no período de seu isolamento tupiniquim. Retorna ao Brasil e retoma o assunto da constituição da Escola de Belas-Artes do Paraná, já referendada pelo Congresso do Estado em 10 de abril de 1929. Redige o Regulamento da Escola, mas é preciso paciência com a falta de recursos. Sobre esse momento, escreve Coelho Júnior, na respeitada revista curitibana Ilustração Paranaense, edição de 31 de maio de 1930: "Decerto que, para os paranaenses, esse fato valeu mais do que se tivesse ali desembarcado mil imigrantes, dos que vêm plantar e colher a riqueza da terra virgem e se tornarem grandes senhores - o desembarque de um só viria a lançar a semente melhor de cultura, alguma coisa superior para a elevada formação intelectual do Estado. Alfredo Andersen, primoroso pintor e retratista, insigne em qualquer parte do mundo, é dessas preciosidades humanas que orgulham a inteligência e honram o meio onde vivem. É desses nomes que acompanham uma nacionalidade, ilustrando-a, como afirmação magnífica de talento e exemplo brilhante de tenacidade. Pouco se fala, pouco se diz, pouco se faz por Alfredo Andersen, infelizmente para nós, o que, todavia, não o impede de produzir e nos enriquecer. Em qualquer parte, qualquer pinta-monos medíocre se enche de admiradores e de dinheiro. Aqui, na nossa linda cidade sorriso, um grande pintor que aqui dedicou toda a sua vida utilíssima, que aqui constituiu família, não conseguiu sequer uma casa onde tenha definitiva a sua tenda de trabalho. Isso na terra dos pinheiros que ele glorificou com seus pincéis de mestre. Em outro qualquer lugar, onde maior fosse a visão de futuro e em melhor apreço se tivesse a cultura dum povo, já estaria há muito Andersen à frente de uma valiosa Academia. aqui não. Têm sido dos seus ateliês provisórios, à custa de seus esforços e do seu amor por nossa terra, que ele conseguiu legar ao Paraná a mais elevada cultura pictural. Basta que citemos os nossos patrícios D. Amélia dAssumpção, Chelfi, Lange de Morretes, Custava Kopp, Annibal Scheleder; De Bona, etc. E é este o seu grande título de glória, glória do Paraná. Alfredo Andersen fica como um marco de grande relevo e vasta projeção na formação cultural do Novo Mundo. E o Paraná, a terra feliz a quem o destino um dia trouxe das costas escandinavas um idealista de proporções de gigante e que, na sua arte, intimamente ligada a nós, é um valor de imensa repercussão pela estrada que havemos de percorrer; em demanda do progresso e da civilização de nossa terra e de nossa gente". Com revolução constitucionalista de 1930, entretanto, vem a escassez de trabalho e de dinheiro, e a escola fica pelo caminho. Com o desenvolvimento industrial em São Paulo, discute-se a necessidade de uma escola profissionalizante de desenho para artífices e operários, como acontece em países mais civilizados, visando emparelhar o Estado do Paraná com Estados que já preparam seus filhos para o ensino técnico. O projeto esvai-se na névoa, ficando para "tempos melhores". Nova decepção. O artista vive 40 anos no Paraná, onde sua influência como orientador artístico é abrangente. Dedica-se, principalmente, ao retrato (com destaque para o do escritor norueguês Knut Hamsun), às cenas de costume e à paisagem. Suas pinturas apresentam um realismo marcado por forte sugestão impressionista. Ao completar 71 anos no dia 3 de novembro de 1931, Andersen é agraciado com o diploma de Cidadão Honorário de Curitiba pelos relevantes serviços prestados à arte do Paraná, primeiro título concedido a alguma personalidade pela Câmara Municipal. Em 1932, pinta o seu mais conhecido Auto-Retrato, hoje integrado ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ. A partir desse ano e até 1934, participa como artista e membro de comissões julgadoras em algumas edições do certame promovido pela Sociedade de Artistas do Paraná, antecessor do Salão Paranaense de Belas-Artes. Segundo seu filho Thorstein Andersen, uma das últimas telas pintadas pelo artista dois anos antes de seu falecimento, foi Retrato do professor Frederico De Marco, conhecido cientista brasileiro. A obra As Comadres é datada de 1935. Além da rica coleção pertencente ao Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR, obras do artista podem ser encontradas em instituições culturais da Noruega, no Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte do Paraná, Museu Paranaense, Palácio do Governo do Estado do Paraná, Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Clube Curitibano, entre outras instituições e com um grande número de colecionadores do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, nos Estados Unidos e Noruega. A casa onde morou, na Rua Conselheiro Carrão, atual Rua Mateus Leme 336, é tombada como monumento público por lei municipal, sendo, posteriormente, transformada na Casa Alfredo Andersen, hoje Museu Alfredo Andersen de Curitiba/PR, que conserva boa parte dos trabalhos do artista e cuja gentil Equipe de Pesquisa nos enviou a atualização das exposições póstumas do artista ora publicadas. Além de pintor e cenógrafo, foi arranjador teatral e fez incursões pela música, tocando flauta e cantando em coral. Como crítico de arte, foi enviado a Paris no Salão Oficial de Belas-Artes. Acima de tudo, foi o grande animador das Artes Plásticas no Paraná. Alfredo Andersen faleceu a 9 de agosto de 1935, em sua residência-ateliê, à Rua Conselheiro Carrão, 336. A repercussão foi profunda. A Gazeta do Povo traduzia a mágoa unânime do Paraná, dizendo: "Quando há poucos dias abríamos espaço em nossas colunas para registrar o estado de saúde apreensivo por que então passava o pintor Alfredo Andersen, pensávamos só voltar a traçar o seu nome consagrado, nas laudas em branco, para transmitir aos nossos leitores a notícia alvissareira do seu completo restabelecimento. Traiu-nos, como ao artista extraordinário, o destino implacável e forte; e aqui está o cronista, com a sua pena envolta de tristeza, para traçar o esboço apressado de um necrológio para jornal. Alfredo Andersen morreu! A notícia surpreendeu a toda a população curitibana na manhã de ontem, quando em nosso placard se afixava a triste informação. O recesso do artista, que já se envolvera no silêncio de sua ausência aos trabalhos em que empenhava toda a sua emotividade, ficou para sempre vazio. Aquela figura singular de homem-artista já não enche de vida aquele salão onde suas telas e as de seus alunos emprestam um cunho admirável de espiritualidade e de arte. E com Alfredo Andersen o Paraná perde o seu artista querido, o mestre consagrado do pincel, a quem devemos, incontestavelmente, a nossa iniciação na arte de pintar. Filho de outras plagas, o artista se integrou em nosso meio dedicando grande parte da sua existência coroada pela glória que o conduz à imortalidade, ao amor pela nossa terra. Aqui ele pintou as suas telas, fixando motivos paranaenses e retratando vultos eminentes da nossa vida política, social e intelectual. Aqui formou a sua legião de admiradores e aqui deixou, com os seus discípulos, as lições admiráveis através das quais a sua arte há de perdurar". O jornalista Frederico Faria de Oliveira, escrevia na mesma Gazeta do Povo, no dia seguinte: "Morreu Alfredo Andersen. Com ele desaparece o grande pincel que tão bem soube transportar para a tela uma infinidade de paisagens de nossa terra. Aliás, Alfredo Andersen não era apenas o paisagista magnífico. Nos retratos, talvez, é que se expandia melhor toda a sua pujança artística. De qualquer modo, com a morte do autor de tantos quadros soberbos, perdeu o Paraná a sua maior expressão pictural. Fica aos técnicos a tarefa de dizer algo sobre a vida artística desse velhinho admirável que, por assim dizer, criou em nosso Estado uma arte nova, animando-a e prestigiando-a com a sua notória capacidade de trabalho e com o seu indiscutível senso estético. Confesso que as minhas grandes simpatias pelo pintor emérito nasceram numa tarde em que, após a apresentação protocolar, ouvi de seus lábios a reafirmação de que o seu túmulo teria de ser aberto sob um cipreste ou um pinheiro do Paraná. Ouvindo-o, eu recordava toda a vida triunfal do artista eminente que escolhera a nossa terra para o seu último pouso na grande jornada cheia de êxito e de glórias. Basta dizer-se que Andersen desprezou oferta vantajosas em outros centros, preferindo o convívio de nossa gente, para que o quiséssemos bem. De fato, convidado para residir no Rio, e convidado para, em seu país de nascimento, ocupar postos de relevo como mestre da pintura, o norueguês deu de ombros ao chamado da fortuna fácil, para continuar, apenas, como o grande enamorado da nossa terra e da nossa gente. Modestíssimo, Alfredo Andersen era a própria encarnação da bondade. Os que privaram da sua intimidade o atestam: era um magnânimo. Os seus últimos dias de existência ele os viveu, como sempre, entregue à sua arte. Curitiba não comportava a genialidade artística de Andersen. Ele era grande demais, como figura exponencial da paleta, para um meio tão ingrato às manifestações de um espírito que, como o dele, necessitava evidentemente de maior ambiente e de melhor estímulo para as suas expansões artísticas. Alfredo Andersen morreu, pode-se dizer; em extrema pobreza. No entanto, poderia ter terminado os seus dias na abastança. Ao prazer da convivência em outras terras onde a sua virtuosidade teria sido proclamada urbi et orbi, o grande pintor optou pela fixação definitiva em Curitiba, aqui se conservando, admirado e querido pela cidade inteira, mas lutando, contudo, contra a precariedade de um meio materialmente desprovido do amparo devido a um artista do seu porte. 'Cidadão de Curitiba' - Alfredo Andersen sentiu várias vezes todas as grandes efusões da alma paranaense ao derredor da sua personalidade artística. A cidade como que se comprazia nas suas manifestações coletivas, em tributar ao mestre insubstituível toda a profunda veneração do Paraná pelo amigo que se deixara ficar entre nós, entregue ao seu aposto- lado de esteta a conduzir duas gerações. Morto, Alfredo Andersen ainda mais avulta no coração do nosso povo. Morrendo pobre, o pintor extraordinário forneceu a nós outros a prova máxima do seu amor por estes rincões: desaparece sem patrimônio material algum, quando outra seria a sua situação nestes últimos tempos da sua vida, se o tivessem dominado a ambição de dinheiro e a volúpia de glórias retumbantes. A sua grande e única fortuna foi, sempre e sempre, a veneração que os paranaenses lhe votavam. Cumpriu-se o seu destino: vai dormir o grande sono à sombra dos nossos pinheiros. Que o Paraná lhe reverencie a memória de grande amigo desta terra". Dois dias depois, o mesmo popular matutino noticiava: "Às dez horas da manhã de ontem baixou à sepultura o corpo do primoroso pintor Alfredo Andersen, mentor da arte pictural em nosso Estado. O enterro do mestre admirável da pintura, se não teve a pompa das apoteoses, revestiu-se da sinceridade significativa das homenagens tributadas com reverência e pelo coração, àqueles que foram justos e foram bons, que foram grandes na magnanimitude da alma e extraordinário nas expansões do espírito. Acompanharam o corpo de Alfredo Andersen à sua última morada, de fronte baixa e olhos umedecidos, apenas aqueles que o acompanharam também, na sua trajetória de glória, com toda a dedicação e sinceridade. Foram os seus amigos, os seus admiradores e os seus discípulos, que seguiram a passos lentos o caixão mortuário até a beira do túmulo. Os artistas e intelectuais de Curitiba, o governador do Estado, secretários de Estado, diretor da Instrução Pública e grande número de pessoas de destaque político e social em nossa terra estiveram presentes ao seu enterro. No cemitério municipal, ao baixar o coche fúnebre, falaram, realçando as qualidades artísticas e morais do ilustre morto, o Dr. Raul Péricles, o Dr. Cyro Silva, em nome do Centro de Letras do Paraná, e o Dr. Octávio de Sá Barreto, representando a Sociedade dos Artistas". No dia 14, ainda pela mesma Gazeta, dizia Raul Pilotto sob o título In extremis...: "Quando já o silêncio havia descido com o luto sobre a sala enorme onde o mágico da arte vivera toda a sua existência de espiritualidade em nossa terra, olhando as telas inacabadas de Alfredo Andersen. ouvia eu, de seu filho, passagens tristes sobre os seus últimos momentos. Presa do leito, guardado pelos cuidados da família e dos médicos, aquele velhinho de físico mirrado vivia em delírio toda a espiritualidade de sua arte. Nem um só instante abandonou a pintura. Enquanto cercavam-no de atenções os de sua família, o artista se transportava em espírito para o ateliê onde se refugiara sempre, e ali iniciara os seus trabalhos primorosos. Esquecido de tudo que o rodeava no leito de enfermo, Andersen gesticulava serenamente como que a fixar com arte a expressão viva de um retrato. E aqueles mesmos ímpetos com que manejara o pincel para as cores vivas de seus quadros o artista repetia com emotividade, enquanto a doença vencia o seu físico já enfraquecido por uma existência de trabalho cheia de glórias, mas amargurada pelas decepções que o assaltaram no trato com os que o não compreenderam. Aquelas lições sábias, com as quais fez uma legião de artistas, Andersen repetia agora, explicando, corrigindo e fazendo preleções, como se tivesse diante de si, reunidos novamente todos aqueles que transformou em pintores. Depois, como se procurasse repouso às horas de trabalho, descansava a paleta e o pincel para conversar com os amigos e trocar opiniões com os críticos de suas telas. Palestras de fina espiritualidade manteve assim, com grandes amigos de que jamais se afastara e com vários intelectuais de nossa terra, que manifestaram sempre a mais profunda admiração pelo mestre. Passou, assim, os seus últimos momentos, na mais viva emoção artística. Reproduzia no ar trespassado de tristeza de seu quarto, as telas magníficas que o seu pincel espalhou pela nossa terra, para a estesia dos que o compreenderam e tiveram a ventura de admirá-lo na extraordinária rota de suas sensibilidades. Sua voz se fez ouvir nos últimos instantes, para lembrar todo o grande motivo de sua via: a pintura. Enquanto o físico sucumbia, o espírito parecia libertar-se em rebeldia com o encarceramento de um corpo, para se dilatar nos horizontes magníficos da arte. Com as tintas frescas em sua paleta, a manejar magicamente o seu pincel, Alfredo Andersen viveu toda a sua existência... E espiritualmente, assim morreu o grande artista... O inspirado poeta Barros Cassal divulgava, à memória de Andersen, este belíssimo soneto: Morto? / Eu despertei com a alma dolorida / Eu acordei com o espírito cansado / Senti que era vazia a nossa vida / E vi toda a tristeza do meu fado / A paisagem mostrava-se vencida / Havia mágoa sob um céu nublado / E eu andei com a minha alma comovida / Dentro de um sonho já crucificado. / A cor, o som, o ritmo que exprime / A beleza, em que a glória se redime, / E emoção, tudo em torno escureceu / E a gente chora e pensa apenas isto: / "Por que é que ele partiu, quando inda existo" / Eu nem creio que Andersen morreu! Em 1960, no centenário de seu nascimento, o XVII Salão Paranaense de Belas-Artes Paranaense presta-lhe homenagem.

Alunos de Andersen
Albano Agner de Carvalho, Aníbal Schleder, Augusto Pernetta, Augusto Schubert, Estanislau Traple, Freyesleben, Gustavo Kopp, Inocência Falce, Isolde Hötte, João Ghelfi, José Daros, Lídia de Marco, Maria Amélia DAssumpção, Lange de Morretes, Raimundo Jaskulski, Rodolpho Doubek, Sílvia Bertagnoli, Sinhazinha Rebelo, Taborda Júnior, Theodoro De Bona, Thorstein Andersen, seu filho, e outros.

Outras funções desempenhadas
Membro do júri de seleção e premiação do II Salão de Arte Moderna de Curitiba/PR, 1946.

Honrarias & Distinções
Título de Cidadão Honorário de Curitiba, outorgado pelo Prefeito Municipal de Curitiba/PR em 9 de dezembro de 1931.
Individuais
Em 1884, primeira individual em Christiania (atual Oslo), Noruega; em 1888, Copenhagen, Dinamarca; em 1893, a primeira individual de um estrangeiro em Curitiba/PR, no Espaço Cultural Associação Curitibana de Empregados no Comércio; em 1899, Curitiba/PR; em 1903, Associação Curitibana dos Empregados do Comércio em Curitiba/PR; em 1908, primeira individual no Rio de Janeiro/RJ; em março de 1914, Escola de Artes e Indústria em Curitiba/PR; em 1918, Galeria Jorge no Rio de Janeiro/RJ; em 1920, 42 telas na Associação Comercial do Paraná em Curitiba/PR; em 1921, Casa Editora O Livro em São Paulo/SP; em 1923, 38 telas em Curitiba/PR; em 1930, Curitiba/PR.
Póstumas
Sem registro de data, Retrospectiva Póstuma: 72 quadros apresentada no Edifício Luiz Muller em Curitiba/PR; em 1980, Retrospectiva no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1981, Pinacoteca do Estado de São Paulo; em 1982, 120 Anos de Nascimento do Mestre no Museu Alfredo Andersen; em 1984, Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ; em 1992, Alfredo Andersen e sua Época e Semana Andersen no Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ, e 120 telas do pintor norueguês no Museu de Arte Moderna de São Paulo/SP, oferecendo ao público paulista todas as nuances de sua obra; em 1993, Andersen Recebe seus Amigos comemorativa do 133º aniversário de nascimento do artista e Semana em Homenagem a Andersen, ambas no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1994, Semana em Homenagem a Andersen e Andersen Retrata nossa História, no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR, e exibição da obra Duas Raças na XXII Bienal Internacional de São Paulo; em 1995, Semana em Homenagem a Andersen no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1996, Semana em Homenagem a Andersen no Museu Alfredo Andersen e Andersen: Imagens da infância, em outubro, no Museu de Arte do Paraná em Curitiba/PR; em 1997, Semana em Homenagem a Andersen no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1998, Parabéns, Mestre Alfredo comemorativa do 138º aniversário de seu nascimento no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1999, Semana em Homenagem a Andersen, 40 anos do Museu Alfredo Andersen com inauguração do Espaço Anexo, ambas no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR e Auto-Retrato com Chapéu de Palha no Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ; em 2000, Paisagem de Guaratuba I, Paisagem de Guaratuba II, Rocio, Ilha do Mel e Entrada da Barra/Pôr-do-Sol integram o módulo Arte do Século XX da exposição Brasil 500 anos: Artes Visuais, a Escola de Música e Belas-Artes do Paraná expõe de seu acervo Orgulho da vovó e Alzira, minha filha, e, em outubro do mesmo ano, Andersen Volta à Noruega 60 telas de acervo público e particular, itinerante pelo Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Sorlander em Kristiansand e City Hall de Oslo, as duas últimas na Noruega; em 2002, Semana em Homenagem a Andersen no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 2003, Espaço Cultural Clube Curitibano em Curitiba/PR e Andersen Homenageia as Mulheres (com quadros que fazem referência ás mulheres da família do pintor, discípulas e outras do convívio social), Andersen em Casa expõe 15 obras (entre elas A Espera, Auto Retrato, Retrato Jovem, As Comadres, Duas Crianças, além de A Família e A Moça e a Estatueta, duas inéditas do acervo do Museu Alfredo Andersen), Paisagens Paranaenses (mostra Estrada de Ferro, Arredores de Curitiba, Paisagem com Lírios, entre outras) e Marinhas do Mestre Alfredo, todas no ativíssimo Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 2007, Alfredo Andersen, o Mestre e Personalidades Paranaenses: Retratos, ambas no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR.
Coletivas
Sem registro de data, Exposição do Cinqüentenário do Estado do Paraná e Museu Paranaense, ambos em Curitiba/PR; em março de 1907, O Mestre e quatro alunos em Curitiba/PR; em 1908, Exposição Geral de Belas-Artes, apresentada na Praia Vermelha no Rio de Janeiro/RJ; em março de 1914, 330 trabalhos de Alfredo Andersen e Alunos na Escola de Arte e Indústrias em Curitiba/PR; em 1916, XXIII Exposição Geral de Belas-Artes do Rio de Janeiro/RJ; em 1925, Escola de Andersen (além do mestre, Estanislau Traple, Theodoro De Bona, Taborda Júnior e Augusto Pernetta) na Associação Comercial do Paraná em Curitiba/PR; em 1933, XL Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro/RJ; em 1934, II Salão Nacional de Arte Moderna de Curitiba/PR e Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro/RJ.
Póstumas
Em 1960, XVII Salão Paranaense de Belas-Artes Paranaense - homenagem pelo centenário de seu nascimento; em 1996, Andersen: Reflexos na Arte do Paraná no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1980, Alfredo Andersen e Discípulos no Museu Alfredo Andersen em Curitiba/PR; em 1999, Entre2Séculos: Pintura Brasileira no Acervo do Museu Nacional de Belas-Artes na Casa Andrade Muricy em Curitiba/PR; em 2000, Paisagem de Guaratuba I, Paisagem de Guaratuba II, Rocio, Ilha do Mel e Entrada da Barra/Pôr-do-Sol integram o módulo Arte do Século XX; em 2001, Paisagem Paranaense & Seus Pintores na Casa Andrade Muricy, quando são apresentadas de Andersen, as obras Sapeco da Erva Mate, Paisagem da Barra do Sul, Pôr-do-Sol, Queimada e Lavadeiras; em 2008, Um Olhar sobre a Arte Paranaense no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba/PR.
Internacionais
Individuais
Entre 1884 e 1891, Kristiansand, Noruega; em 1888, Copenhagen.
Individuais Póstumas
Em novembro de 2000, Museu de Arte Sorlander em Kristiansand, Noruega; em dezembro de 2001, Andersen Volta à Noruega 60 telas de acervos público e particular, itinerante pelo Museu de Arte Sorlander em Kristiansand na Noruega; em fevereiro de 2002, Andersen Volta à Noruega 60 telas de acervos público e particular, na Prefeitura Municipal de Oslo, Noruega.
Prêmios
Em 1916, Menção Honrosa de Primeiro Grau para o Retrato do Major J. Muricy, na XXIII Exposição Geral de Belas-Artes no Rio de Janeiro/RJ; em 1933, Medalha de Bronze por seu Outono Norueguês no XL Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro/RJ.
Acervos
 Clube Curitibano, Curitiba/PR, Brasil.
 Escola de Música e Belas-Artes do Paraná [Orgulho da Vovó e Alzira, minha filha], Curitiba/PR, Brasil.
 Instituições culturais da Noruega.
 Museu Antônio Parreiras, Niterói/RJ, Brasil.
 Museu Alfredo Andersen, Curitiba/PR, Brasil.
 Museu de Arte de São Paulo [Rocio], São Paulo/SP, Brasil.
 Museu de Arte do Paraná, Curitiba/PR, Brasil.
 Museu Nacional de Belas-Artes/RJ [Auto-Retrato com Chapéu de Palha], Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
 Museu Paranaense [Retrato do Presidente Vicente Machado], Curitiba/PR, Brasil.
 Palácio do Governo do Estado do Paraná, Curitiba/PR, Brasil.


fonte : Julio Louzada

Fonte cda

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