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Artista Júlio Le Chevrel
Biografia Júlio Le Chevrel
( ? - 1872)
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Instalando-se no Brasil

Nascido na França e falecido no Rio de Janeiro. Fez seus estudos em Paris, transferindo-se em seguida para o Brasil, onde deve ter chegado em meados da década de 1840.

Fixando-se na capital do Império, já em 1847 tomava parte na VIII Exposição Geral de Belas Artes, obtendo medalha de ouro.

Participou ainda com sucesso das Exposições de 1849 e de 1850, quando lhe foi outorgada a Ordem Imperial da Rosa, no grau de cavaleiro.

O professor

Contratado em 1864 para reger interinamente a cadeira de Desenho da Academia Imperial de Belas-Artes, inscreveu-se em 1865 no concurso para seu provimento efetivo, sendo porém vencido por Pedro Américo. Mas, como esse pouco se quedasse no Brasil, coube a Le Chevrel substituí-lo durante largos períodos.

Professor honorário de Pintura da mesma Academia, substituiu em 1868 Vitor Meireles na cátedra de Pintura Histórica, quando o autor da Primeira Missa no Brasil se achava na Europa.

Um pintor convencional

Le Chevrel foi pintor de retratos, de gênero e sobretudo de história, praticando uma arte extremamente convencional, em que o desenho desempenhou papel preponderante, e da qual são exemplos Baco implorando a Ajuda de Netuno contra os Lusitanos (inspirado em Camões), Últimos Momentos de Bussy dAmboise ou Diogo Alvares e Paraguaçu.

Em certos instantes, porém, esquecendo-se um pouco de sua natural teatralidade, logrou obter bons efeitos pictóricos e de atmosfera - como por exemplo no Retrato de Domingos Custódio Guimarães, do Museu Imperial de Petrópolis, no qual se vê o futuro Barão do Rio Preto na figura de um jovem elegantemente vestido e apoiado a uma pilastra, sustentando, com a mão direita junto ao corpo, elegante chapéu.

Fonte: CD-Rom «500 Anos de Pintura Brasileira»
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Texto do livro de Laudelino Freire
"1816-1916 - Um Século de Pintura"
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Artista francês, pela primeira vez se nos apresentou na exposição de 1847, na qual alcançou a medalha de ouro, tendo sido, na de 1850, nomeado cavalheiro da Ordem da Rosa. Concorreu com Pedro Américo à vaga de professor de desenho da academia.

"Cumpre registrar uma curiosa e rara ocorrência, motivada por esse concurso - diz Luís Guimarães. - O mais distinto dos pretendentes à disputada cadeira, o Sr. Le Chevrel, vendo o quadro de Pedro Américo, declarou-se imediatamente vencido e disse aos juizes e examinadores que a escolha devia unicamente recair sobre o autor da Carioca."

Pouco tempo depois, porém, era aproveitado como professor daquela mesma matéria na Academia, cargo em que serviu até o seu falecimento, ocorrido em 16 de abril de 1872.



Fonte : Pitoresco

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