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Artista José Correia de Lima
Biografia José Correia de Lima
1814-1857

Nascido em Minas Gerais e falecido no Rio de Janeiro.

Tendo se matriculado em 1826 na Academia Imperial de Belas-Artes, que então se abria, cursou a classe de Pintura Histórica de Debret e a de Arquitetura de Grandjean de Montigny, expondo na primeira mostra escolar, organizada em 1829 por Debret, cópias de detalhes arquitetônicos.

Na I Exposição Geral de Belas Artes, realizada em 1840, exibiu retratos que lhe valeram medalha de ouro: na II, efetuada no ano seguinte, Magnanimidade de Vieira granjeou-lhe o Hábito de Cristo, no grau de Cavaleiro; tomaria ainda parte nas exposições de 1843, 1845 (Retrato do Imperador), 1846, 1848 e 1850.

Mestre de mestres

Correia de Lima exerceu ainda o magistério, tendo sido nomeado em 1837 substituto da cadeira de Pintura Histórica, passando em 1840 a catedrático (proprietário), sucedendo em tal cargo a Manuel de Araújo Porto-alegre.

Seu aluno mais destacado, sobre o qual exerceria discreta influência, foi Vitor Meireles de Lima.

Guarda o Museu Nacional de Belas-Artes suas obras mais conhecidas: a celebérrima Magnanimidade de Vieira, e ainda Retrato do Marinheiro - Simão Carvoeiro e Francisco Manuel ditando o Hino Nacional às suas Enteadas.

São composições de correto desenho, posto que álgidas, executadas sem sentimento ou emoção.

Pintura sem alma

Na verdade, razão parece ter Gonzaga Duque quando afirma, de Correia de Lima, em Arte brasileira:

«Como pintor, como desenhador, possuiu os elementos que o estudo e a perseverança fizeram entrar, à força, no seu cérebro.

«A sua pintura de um colorido claro, escorrido e de desenho pouco mais ou menos correto é fatigante e inútil; nada exprime.

«Naquela geometria de linhas, duras, direitas, ásperas, riscadas por uma impassível mão; naquelas cores opacas, espessas, às vezes transparentes porém sempre frias, não se encontra a alma de um artista.»

Fonte: CD-Rom «500 Anos de Pintur Brasileira»
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Texto do livro de Laudelino Freire
"1816-1916 - Um Século de Pintura"
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Nascido nesta cidade (Rio de Janeiro) em 1814 e falecido em 1857. Matriculou-se na Academia em 1827, tendo sido aluno muito distinto.

Em 1837, entrou em concurso para o lugar de substituto de pintura histórica, ao qual também concorreram Petra de Barros, Carlos Luís do Nascimento, Gonçalves Vilela e Barros Cabral.

Classificado em primeiro lugar, foi nomeado, por decreto de setembro e tomou posse em novembro, tudo em 1837. Em 1839, passou a catedrático.

Foi aluno distintíssimo e fez carreira brilhante, cabendo-lhe ter sido sucessor de Debret, de quem foi discípulo. Em 1842, o Governo Imperial o condecorou com o hábito de Cristo.

Dos seus trabalhos, que figuram na Galeria Nacional, salientam-se: A Magnanimidade de Vieira e o Marinheiro Simão.


Fonte : Pitoresco

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