| Biografia |
Teshigahara, Sofu
Tóquio, Japão, 1900
Tóquio, Japão, 1979
Os ensinamentos de ikebana recebidos de seu pai, o artista Wafu Teshigahara, introduziram Sofu Teshigahara, ainda criança, nessa tradicional arte japonesa e no universo das artes plásticas. Com o correr do tempo, Sofu Teshigahara passou a questionar os procedimentos tradicionais do ikebana até que em 1926 fundou a escola Sogetsu de ikebana onde se trabalhava com maior liberdade de criação. Em 1929, realizou a primeira exposição de ikebana da escola Sogetsu, com boa receptividade do público. Ensinou a arte dos arranjos florais em um programa da rádio NHK com grande sucesso, mas foi obrigado a interromper suas atividades em decorrência da Segunda Guerra Mudial. Sofu Teshigahara concebia o ikebana como uma arte e não apenas como decoração. Defendia a idéia de que depois de aprender as regras e as técnicas do ikebana, era necessário esculpir o arranjo, criando esculturas vivas. Dessa forma, natureza e escultura estiveram muito presentes na vida e no fazer artístico de Teshigahara.
Entre 1950 e 1970, além do ikebana, dedicou-se à escultura, à gravura e a trabalhos de caligrafia, buscando sistematicamente acrescentar significados contemporâneos a procedimentos tradicionais da cultura japonesa. O artista sempre transitou entre oriente e ocidente buscando criar uma linguagem que expressasse elementos desses dois universos. Esteve em São Paulo, Brasil, em 1954; visitou os EUA, a União Soviética e a Europa. Realizou exposições em importantes museus e galerias do Japão e do exterior.
Vera Filinto
fonte : Mac/SP
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