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Artista Ben Shahn
Biografia Shahn, Ben
Kaunas, Lituânia, 1898
Nova York, E.U.A. , 1969


Pintor, desenhista, muralista, fotógrafo, nasceu na Lituânia, em uma família judia ortodoxa. Desde pequeno, amava o desenho das letras hebraicas que aprendia na escola e sentia fascínio não só pelas suas formas como pelos seus sons e significados.
Chegou com a família aos Estados Unidos, em 1906, e relata no livro até certo ponto autobiográfico About letters and lettering: love and joy about letters (Grossman Publishers, N.Y. 1963), sua surpresa ao descobrir a existência de uma outra realidade, não só alfabética, mas de vivência, nesse novo mundo. Aos 14 anos, entra como aprendiz numa oficina de litografia, e, no decorrer dos três anos seguintes, desenvolve a prática da formatação em pedra de diferentes tipos de letras e de variados alfabetos. Ao mesmo tempo, freqüenta também aulas de desenho e eventualmente estuda na New York University, City College e na National Academy of Design.
Em 1930, realiza sua primeira exposição individual em Nova York, na Dowtown Gallery, apresentando um estilo próximo ao Realismo Socialista. De 1930 a 1933, pintou as séries Sacco e Vanzetti e Tom Mooney. Foi assistente de Diego Rivera na pintura mural aplicada no Rockfeller Center e trabalhou para o governo como fotógrafo e desenhando cartazes relativos à Segunda Guerra Mundial. Fez ilustrações para revistas, como Time e Seventeen e executou vitrais.
Na década de 1930, durante a Grande Depressão, a obra de Ben Shahn está permeada de representações dos conflitos sociais, políticos e econômicos e suas conseqüências, numa demonstração de suas preocupações com as causas trabalhistas e reformas sociais. Entre os anos de 1930 e 1935, produziu uma grande série de fotografias em estilo documental, registrando as tensões sociais e elementos do cotidiano da vida urbana nova-iorquina. É mais conhecido como o pioneiro da arte com comentário político nos Estados Unidos da América.
Com o final da Segunda Grande Guerra e a formação do Estado de Israel, retoma o interesse por suas raízes judaicas e pela redenção espiritual e trabalha temas em que aparece o espírito humanitário em um estilo influenciado pelo Surrealismo.
O Jewish Museum de Nova York organizou e apresentou a exposição Common man, mysthic vision: the paintings of Ben Shan, que também foi acolhida pelo Detroit Institute of Arts em 1999 e na Harvard University Art Museum, em 2000. A empatia com a vítima, os infelizes e as classes marginalizadas perpassa por toda a sua obra.

Gabriela Suzana Wilder

Fonte : Mac/SP

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