| Biografia |
Poliakoff , Serge
Moscou, Rússia, 1900
Paris, França, 1969
Desenvolvendo uma síntese entre o Abstracionismo Lírico e o Abstracionismo Geométrico, Poliakoff transita entre as principais tendências da década de 1950. Sua obra, embora se preocupe com o rigor das formas, utiliza-se de elementos espontâneos, na tentativa de criar uma composição harmônica. Pintor russo naturalizado francês, busca inspiração nas mais diversas culturas, orientais e ocidentais.
Poliakoff é um dos pintores que deixam a União Soviética depois da Revolução Socialista, a exemplo de Wassily Kandisnky e Marc Chagall. No entanto, só se estabelece em Paris no ano de 1923, onde trabalha em Academias e Galerias de arte. Somente na década de 1930, o artista passa a estudar pintura e, aproveitando o talento musical, sustenta-se com apresentações de violão no período da noite. A música é um elemento fundamental para a compreensão de sua obra, na medida em que integra a inspiração espontânea e o aprimoramento da técnica. A busca pela harmonia e pelo equilíbrio em suas composições ditam o caráter musical e espiritual do artista.
A partir de 1935, concentra seus estudos nos primitivistas italianos e nas pinturas dos sarcófagos egípcios, durante o tempo que passa em Londres. A busca pelas diferentes culturas, pela inclinação artística natural do ser humano, reforça o caráter lírico de suas obras. No entanto, a abstração só se concretiza em 1938, quando ocorre a mostra de sua primeira composição abstrata. O contato com Kandinsky, estabelecido um ano antes, é fundamental na escolha por este estilo de abstração. Poliakoff é um dos precursores dos abstracionismos que marcam a arte do pós-Segunda Guerra, optando precocemente pelo abandono da figuração. Participa dos principais salões de arte realizados na década de 1940, além de se ligar ao grupo da Galeria Denise-René, em 1947, mesmo ano em que adquire o Prêmio Kandinsky de pintura.
Reconhecido como membro da Escola de Paris, Poliakoff adquire importância histórica, na medida em que é um dos pioneiros da abstração e da internacionalização das artes. Morre em 1969, vítima de um enfarto.
Carolina Amaral de Aguiar
Daisy Peccinini
fonte : Mac/SP
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