| Biografia |
Moreni, Mattia
Pávia, Itália, 1920
Brisighella, Itália, 1999
Figura importante da pintura italiana no pós-Segunda Guerra Mundial.
Filho de um oficial de cavalaria, Moreni acompanhou sua família pelas diversas cidades nas quais seu pai trabalhara: Pavia, Goriza, Turim. Esses deslocamentos deram-lhe uma visão ampla de seu país e da arte italiana. Em Turim, decidiu-se pela pintura e aí freqüentou, por pouco mais de um ano, a Academia Albertina (1940-41), onde adquiriu alguns conhecimentos de forma mais sistematizada. No mais, desenvolveu-se de modo auto didata. Em 1945, Mattia já havia se tornado um pintor reconhecido no cenário cultural de Turim.
Em 1948, participou da Bienal de Veneza com três dípticos intitulados Quadro Abstrato.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, seu trabalho assumiu uma postura mais otimista em relação ao mundo novo que surgia. Posteriormente, tornou-se mais irônico e crítico; em certos momentos, enveredou pela sensualidade como forma de não compactuar com o mundo direcionado pela evolução tecnológica.
Nos anos cinqüenta, desenvolveu uma pintura expressionista abstrata. Na década de 80, voltou-se para a defesa de valores vinculados à natureza em seus aspectos sensoriais e passionais, em detrimento da valorização excessiva da tecnologia.
Moreni sempre se manteve fiel ao poder expressivo e liberador da pintura, concebendo-a como veículo privilegiado dos sentimentos e dos aspectos psicológicos do homem.
Vera Filinto/Mac
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