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Artista Giorgio Morandi
Biografia Morandi, Giorgio
Bolonha, Itália, 1890
Grizanna, Itália, 1964

Filho primogênito de uma família com cinco filhos, em 1913, diploma-se na Academia de Belas-Artes de Bolonha,em 1913. Durante esse período, aprofunda seus estudos e atualiza-se em visitas às Bienais de Veneza e com os livros e revistas sobre artes que chegam à pacata Bolonha.
Suas primeiras pinturas e gravuras datam de 1911 e 1912. Assimila influências de artistas como Giotto, Uccello e Caravaggio, aliados a Cézanne, Picasso e Braque.
Em 1914, em contato com Boccioni, Carrá e Marinetti interessa-se pela poética futurista, expondo em Roma na I Exposição Livre dos Futuristas, não como adepto ao movimento, mas como tomada de posição contra a arte acadêmica. Em 1921, participa da mostra Valores Plásticos, em Berlim.
Integra-se à Escola Metafísica como Giogio de Chirico e Carrá, de 1918 a 1920, e dessa breve associação conservará em seus trabalhos um elemento fundamental à sua poética: a permanente alusão a uma realidade além da aparente. Especializa-se em naturezas-mortas, cria uma nova relação dos objetos com o espaço e busca o essencial sentido das coisas em composições rigorosamente figurativas, mas que progressivamente atingem o estágio de puros signos.
É professor de gravura da Academia Belas Artes em Bolonha, de 1930 a 1956, tornando-se um dos gravuristas mais importantes no Novecento Italiano.
Diferente dos artistas de sua época, Morandi só sairá de seu país rumo a Paris no final da década de 1950. De maneira coerente e profunda, envolvido em seu ateliê por objetos do cotidiano e dando-lhes um caráter de "vidas silenciosas", desenvolve sua expressão por meio de uma pesquisa sistemática cada vez mais interior e sensível, criando um alfabeto pessoal e inconfundível.
O crítico de arte, Giulio Carlo Argan o considera como maior pintor italiano do século XX.
Participa da Bienal de Veneza, em 1948, e da I, II, IV e XV Bienal de São Paulo, recebendo os prêmios de gravura e pintura na I e IV, respectivamente. O Museu Noordbrabants, em Netherlands, Holanda, expõe obras do artista em 1980. Por ocasião do centenário do seu nascimento, o Taidemuseo, Tampere, Finlândia, realiza retrospectiva e publica importante catálogo. Em 1994, o artista é âncora da exposição Morandi no Brasil, organizada pelo Centro Cultural de São Paulo.
As duas pinturas e uma gravura, naturezas-mortas, da coleção do MAC USP, atestam a variedade de expressões realizadas por Morandi nesse gênero e revelam a serena meditação e o sentido de contemplação presentes na poética do artista.

Maria Ângela Serri Francoio/Mac

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