| Biografia |
Marini, Marino
Pistoia, Itália, 1901
Viareggio, Itália, 1980
A arte de Marino Marini, apesar de isolada em relação às vanguardas, abrange a arte moderna tanto pela pesquisa de uma dinâmica vitalidade, como também pela busca do arcaico da Arte Etrusca e Romana, e do primitivo.
Estuda na Academia de Belas-Artes de Florença, interessa-se pelas técnicas de impressionismo de Medardo Rosso, Rodin e Renoir. Estuda escultura em Paris, onde reside em várias ocasiões entre 1919 e 1938. Entre 1929 e 1940, leciona na escola de Arte da Villa Realle de Monza, onde posteriormente se torna titular da cadeira de Escultura da Academia de Brera (Milão); é premiado com a escultura O Grande Cavalo (acervo do MAC USP), em 1952, na Bienal de Viena e dá inicio à série Guerreiros, na II Bienal de São Paulo, em 1956. Em 1962, realiza a exposição de sua série de retratos Personagens do Século XX, em Milão. Faz retrospectivas no Kunsthaus, em Zurich (1962) e no Palazzo, Venezia de Roma, em 1966. Em 1974, tem trabalhos expostos na exposição Cobra e Contraste, no Instituto de Arte de Detroit. Além de escultor, é conhecido como pintor e gravador, valoriza o Impressionismo e Expressionismo. Seu perfil de artista não se aproxima do Futurismo, nem de nenhuma outra vanguarda européia. Pesquisador isolado, suas buscas focam a essencialidade das formas e um certo simbolismo trágico e áspero. Apesar de ser conhecido por suas esculturas de cavalos e cavaleiros, pintou e esculpiu dançarinas nuas de caráter naturalista e primitivo. Nas esculturas, suas figuras fundem-se, combinando a expressão do peso e do balanço, utilizando linhas horizontais, verticais e diagonais. O seu grande tema, o cavalo e o cavaleiro, é apresentado de forma tensa, nervosa e ameaçadora. Sua arte abrange características egípcias, etruscas e romanas e utiliza-se de materiais diferentes como bronze, gesso e madeira, para compor uma análise de caráter psicológico, aliada ao conhecimento histórico.
Daisy Peccinini/Mac
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