| Biografia |
Carratu, José
São Paulo, SP, Brasil, 1955
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Zé Carratú é o modelo de artista do caos metropolitano que é São Paulo. Grafiteiro, cenógrafo, produtor cultural, deixa a sua marca, seu traço gravado em tudo que faz.
Por ocasião da exposição/evento Rendam-se, terráqueos, realizada na Casa das Rosas em São Paulo, em dezembro de 2002, o artista assim relata sua trajetória no catálogo do evento: "1o. no asfalto, com os pedaços de tijolos. 2o. Na lousa da sala de aula, com o giz. Estas foram minhas primeiras experiências com as artes. Os desenhos continuaram, os suportes começaram a aparecer e as imagens foram brotando como tatuagem na forma de símbolos, fragmentos de pensamentos, marcas e personagens, criando um universo do meu cotidiano. Desde então, a necessidade de desenhar em muitos suportes, compulsivamente, me levou para as paredes das cidades. Volumes começaram a ser apropriados por mim e por um grupo de amigos; fizemos o TUPINÃODÁ. Tomamos de assalto a cidade de São Paulo... A cidade se comendo e os trabalhos expostos a fragilidade, na rua, sob a intempérie... Tintas caseiras, giz, cal e técnicas inéditas foram a marca que perdurou durante seis anos, até chegarmos aos museus e galerias... Desenhos feitos com canetas Bic, giz de cera, lápis, em tudo que se tornasse possível pintar ou escrever, como caixas, containeres, malas e embalagens ...".
Desde a sua apresentação, em 1986, na mostra Projetos Contemporâneos na Pinacoteca do Estado em São Paulo, na abrangente exposição Trama do Gosto, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, em 1988, e na XX Bienal de São Paulo, em 1989, Zé Carratú participa de diferentes projetos coletivos em museus e galerias.
Gabriela Suzana Wilder/Mac
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